Mesmo com o país em luto pela morte do ex-primeiro ministro do Japão, Shinzu Abe, assassinado na última sexta-feira (08), o Partido Liberal Democrático (LDP), obteve uma vitória significativa nas eleições para o parlamento japonês. O LDP, juntamente com o partido Komeito, ampliaram a maioria que já era deles na Câmara Alta, conquistando 76 dos 125 assentos disputados no parlamento japonês.
Com a eleição parlamentar finalizada, o atual premiê, Fumio Kishida, terá força política para implementar uma ação ousada de revisar a constituição pacifista do Japão (que foi um grande sonho de Abe, antes dos problemas de saúde que o levaram a deixar o poder) e incluir gastos com a defesa de seu país.
Continua depois da Publicidade
O ex-premiê tinha uma grande liderança dentro do (LDP) e analistas indicam que depois da morte de Shinzo, pode haver desavenças dentro da sigla e dificultar o governo do atual premiê Kishida.
Porém, em entrevista coletiva, Kishida disse que vai abordar os problemas difíceis que Abe não conseguiu resolver, como a reforma da Constituição. “Ganhamos força dos eleitores para um governo estável desta nação”, disse Fumio.
O autor dos disparos, identificado pela polícia como Tetsuya Yamagami, de 41 anos, acredita que o ex-premiê promoveu um grupo religioso ao qual sua mãe fez uma “grande doação”, disse a agência de notícias Kyodo, citando fontes que investigam o caso.
Continua depois da Publicidade
A Igreja da Unificação, acusada por Yamagami de receber a suposta doação de Abe, na figura de seu presidente, Tomihiro Tanaka, nega que o ex-ministro fizesse parte da instituição, negando também a participação do atirador nas atividades da igreja.
Abe está sendo velado em uma cerimônia particular em um templo de Tóquio. Participou do evento a secretária do tesouro dos EUA, Janet Yellen, que lamentou muito a morte de Shinzo.
Continua depois da Publicidade