Conforme a Pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (15), 98% dos agentes do mercado financeiro do Brasil aponta que a política econômica do país está indo na direção errada. 2% dos entrevistados pela Quaest disseram que as propostas do governo seguem no caminho correto.
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A análise vai mais além trazendo dados da expectativa dos economistas com a economia para os próximos 12 meses. 78% desses agentes declararam que a tendência é de piora. Segundo a opinião pública, em geral, 62% esperam melhora no período, em comparação com o que pensa o Mercado Financeiro.
O risco de recessão do Brasil também foi questionado. Segundo os operadores do mercado, 73% dos entrevistados responderam que o país corre o risco de uma recessão econômica. Já 27% descartaram esse risco. Finalizando a pesquisa, perguntou sobre a expectativa em relação aos investimentos externos no Brasil nos próximos anos. Para 42% dos agentes, os investimentos devem diminuir, enquanto 20% esperam que eles aumentem nos próximos anos.
A Pesquisa Genial/Quaest realizou 82 entrevistas, entre os dias 10 a 13 de março, com fundos de investimentos com sede em São Paulo e Rio de Janeiro. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas online por meio da aplicação de questionários estruturados.
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Sobre a afinidade entre o Banco Central e o Governo Federal, 90% dos entrevistados responderam que a relação entre Lula e a diretoria da instituição é negativa e apenas 1% respondeu como sendo positiva e 9% disseram ser regular.
Para os próximos 6 meses, essa relação deve piorar para 43% dos agentes, enquanto 49% disseram que deve ficar igual. Apenas 7% deles possuem uma expectativa de que a relação deve melhorar.
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A pesquisa perguntou sobre o corte da taxa de juros. Para 45% dos respondentes, a chance de o Banco Central antecipar os cortes de juros nos próximos 6 meses é baixa. Já 39% consideram regular a possibilidade. E 16% enxergam uma alta possibilidade de antecipação do corte. Por fim, neste recorte, o instituto questionou sobre qual a chance da exoneração do presidente do BC nos próximos 6 meses. Essa expectativa é baixa para 89% dos entrevistados e regular para 9%. Para 2% é chance é alta.
O questionário perguntou aos entrevistados se a política fiscal do governo vai gerar sustentabilidade da dívida pública. Para 90% deles, a política fiscal proposta não deve gerar sustentabilidade, enquanto 9% disseram que deve gerar sustentabilidade. Na avaliação de 32% dos agentes do mercado, o controle de gastos é o ponto mais importante no novo desenho do arcabouço fiscal. Em seguida, eles citam a punição para o não cumprimento (12%), a estabilização da dívida pública (12%) e a redução do deficit (8%).
Sobre a avaliação do governo Lula, 90% dos operadores do mercado financeiro consideram negativa e regular para 10%, sem avaliações positivas. Já para a opinião pública, comparada pela pesquisa, 40% consideram o governo positivo, 24% regular, 20% negativo e 16% não souberam ou não responderam. Sobre o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT), a maioria dos agentes econômicos consideram o ministro como regular (52%), seguido pela opinião negativa (38%) e a positiva (10%).