Na última segunda-feira (8), o governador do Amazonas, Wilson Lima (UB-AM), assinou o decreto de liberação da licença ambiental para a instalação do projeto de exploração do minério ‘Silvinita’, no município de Autazes (113 quilômetros de Manaus). Desse minério é extraído o potássio, sendo a principal matéria-prima para a produção de fertilizantes, utilizados na produção de alimentos. A atividade deve gerar cerca de 2,6 mil empregos diretos e a criação de uma nova matriz econômica, com a geração de mais de 17 mil postos de trabalho.
Continua depois da Publicidade
Entretanto, a realização desse projeto que estava em estudo há mais de 15 anos, não se resume à criação de empregos e renda na região metropolitana de Manaus. Se refere também à gigantesca importância do Brasil se tornar autossuficiente na produção de fertilizantes, pois a capacidade de produção da mina a torna como a maior do país.
Isso mostra que, por meio de um pequeno município do interior do Amazonas, o Brasil pode consolidar ainda mais a sua posição como um dos maiores produtores de alimentos do mundo.
A empresa ‘Potássio do Brasil’ é quem tem o direito legal de explorar o minério na região, e em março do ano passado, o presidente da companhia, Adriano Espeschit, afirmou em um encontro com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSD-SP), que a mina de Silvinita em Autazes será o divisor de águas na economia brasileira e da região norte do Brasil, com a criação de um novo polo econômico e também do fortalecimento da Zona Franca de Manaus.
Continua depois da Publicidade
Dados da empresa de prospecção e extração afirmam que a mina, ao conseguir alcançar sua capacidade máxima de produção, anualmente deve retirar do solo cerca de 2,4 milhões de toneladas de Potássio. Com a extração do minério na região, a produção dessa matéria prima irá atender 20% da demanda nacional, reduzindo a importação desse produto. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Rússia é a maior fornecedora de fertilizantes para o Brasil. O país eurasiano vende cerca de 28% de todo o fertilizante importado para a agricultura brasileira.
A grandeza dessa mina traz a possibilidade do Brasil de assumir o posto de um grande “player” internacional e consolidar sua importância econômica no planeta, além de resgatar a dignidade do brasileiro e principalmente do povo amazônida, que há tanto tempo vem sofrendo com o isolamento e a dependência de incentivos fiscais para poderem sobreviver em um imenso tapete verde, chamado Amazônia Legal.
Continua depois da Publicidade
Embora as pessoas tenham medo de que esse empreendimento possa causar danos ambientais, a empresa Potássio do Brasil afirma que seu método de extração respeita e protege o Meio Ambiente. O nosso papel como brasileiros é fiscalizar e trabalhar com a companhia para que a região possa ter ‘progresso com organização’, mas principalmente com conservação.