As declarações do presidente Lula (PT), proferidas no último domingo (18), na Etiópia, onde comparou a ação militar de Israel na Faixa de Gaza com a atuação do governo nazista de Adolf Hitler contra os judeus (holocausto) durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), trouxe uma reflexão sobre qual a “real intenção” do governo federal sobre sua política externa. A afirmação do petista foi alvo de protestos do governo de Israel e rendeu ao presidente brasileiro o título de “persona non grata” em Israel.
Contudo, o presidente Lula sinaliza que não está arrependido. Segundo informações, Lula disse aos seus interlocutores que suas declarações foram propositais, sendo uma tentativa de encorajar outros chefes de Estado a pedirem o fim da guerra na região, porém, o resultado não foi o esperado.
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O que me chama a atenção durante o governo Lula 3 é a forma em que o nosso chefe de Estado tem se comportado quanto a sua animosidade a países que são aliados históricos do Brasil, e suas críticas à sociedade ‘judaico-cristã’, que é base econômica/social das nações que fazem parte do Ocidente mundial.
Lula já havia sinalizado em junho do ano passado, no 26º Encontro do Foro de São Paulo (antes negado pelas lideranças comunistas da América Latina) o seu ‘descontentamento’ com a civilização ocidental, afirmando que, ser chamado de ‘comunista’ é motivo de “orgulho”. Segundo o petista, seria uma ofensa ser nomeado como nazista, neofascista ou terrorista.
Porém, as declarações do presidente do Brasil têm soado em grande parte do Ocidente, como afirmações “antissemitas”, promovendo um sentimento de repulsa e revolta contra o povo judeu, em favor do povo palestino. Desde o início do primeiro mandato de Lula em 2003, o petista e os palestinos criaram um laço forte de amizade, cujo objetivo principal é a criação de um Estado palestino.
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Mas o que está sendo apresentado, para a sociedade internacional, são as iniciativas de uma ‘possível’ desvinculação do Brasil, do eixo político/social do Ocidente, a qual o Brasil faz parte desde a sua fundação, em 1500, até hoje.
Como já havia citado anteriormente, Lula afirma ter ‘orgulho de ser chamado de comunista’, e embora o regime tenha deixado de existir na década de 90 do século passado com a queda da União Soviética, o ‘socialismo’ (criado por Karl Marx) é apenas um caminho para o comunismo, onde se configura um controle total do Estado na vida das pessoas e na sociedade, na qual for implantada. Hoje, as maiores potências do ‘socialismo’ no mundo são a China e a Rússia.
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E esses países são os principais criadores do grupo econômico dos BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. As perguntas que eu deixo aqui para a reflexão de todos são: existe um plano para uma possível desvinculação desses países do domínio econômico e social dos Estados Unidos, o qual é o líder da sociedade ocidental? Será que está em curso a implantação de uma Nova Ordem Mundial? Mas para isso, é preciso quebrar laços com a sociedade judaico-cristã, sendo que o cristianismo, nas últimas décadas, tem sofrido ataques sistemáticos contra seus dogmas, mas o que realmente configura uma real ruptura com o Ocidente é um ataque direto a Israel (base da sociedade judaica).