O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicanos), irá se apresentar nessa terça-feira (4) a um Tribunal em Nova York, após ser indiciado por um grande júri na quinta-feira (30), onde foi acusado de participar de um suposto esquema de pagamento de suborno e encobrimento, envolvendo uma estrela de cinema adulto Stormy Daniels, durante a campanha eleitoral à presidência de 2016. A audiência está agendada para as 15h15 (horário de Brasília).
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Trump está sendo acusado pelo promotor federal do distrito de Manhattan, Alvin Bragg, que investiga o caso em que o ex-presidente americano esteja supostamente envolvido. Conforme o advogado do ex-presidente, Joe Tacopina, em uma entrevista ao Good Morning América da emissora ABC, a acusação contra Donald Trump, em Nova York provavelmente será “um processo típico, que não leva muito tempo, 20 a 30 minutos”, disse acrescentando que o ex-presidente será “processado como qualquer outra pessoa seria”.
Questionado pelo apresentador do programa de TV americano sobre a estratégia que os advogados de Trump estão discutindo, Tacopina disse que as discussões entre a equipe jurídica de Trump e os promotores têm sido “sobre certas coisas processuais, mas nada substancialmente sobre a acusação”.
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“Uma coisa que posso garantir é que não haverá confissão de culpa neste caso”.
“Eu não acho que este caso vai ver um júri. Acho que vai desaparecer nos papéis [ser resolvido em acordo]”, acrescentou.
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Tacopina também disse que provavelmente Trump não sofrerá limitações de sigilo processual. “Não há indicação de que haverá uma ordem de silêncio [“gag order”, em inglês. Determinação do juiz restringindo comentários públicos sobre o caso]. Isso não pode acontecer neste caso.”
Pela primeira vez na história política americana, o ex-presidente Donald Trump, que prometeu manter sua candidatura para a Casa Branca em 2024, é o primeiro atual ou ex-presidente na história dos EUA a enfrentar acusações criminais formais.
À frente do julgamento estará o juiz interino da Suprema Corte de Nova York, Juan Merchan, que já sentenciou o confidente de Trump, Allen Weisselberg, à prisão, presidiu o julgamento de fraude fiscal da Organização Trump e supervisionou o caso de fraude criminal do ex-conselheiro Steve Bannon.