Nessa quinta-feira (5), a ex-senadora Simone Tebet (MDB) assumiu o cargo de ministra do Planejamento do governo Lula. Em seu discurso de posse, Tebet se diz honrada por trabalhar ao lado de Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda. A ministra ressaltou que embora existam discordâncias entre os dois, as diferenças devem ser usadas “para somar”.

Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil
Ao ter sido convidada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-senadora disse que foi uma dupla surpresa por ser chamada pelo petista para assumir um ministério e ainda fazer parte da equipe de economia do novo governo. “Justamente onde tenho alguma divergência, um presidente democrata não quer apenas os iguais. Quer os diferentes para somar”, ressaltou.
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Tebet citou a importância de outros ministérios, porém destacou o trabalho em conjunto com o ministro da Fazenda. A nova ministra considerou Haddad na Fazenda como “o ministro mais importante da Esplanada, aquele que tem a chave do cofre”, disse. Sobre possíveis divergências, Tebet disse que, “se é que haverá alguma”, deve ser deixada para depois, e começou a falar sobre os pontos nos quais concorda com as demais pastas da economia e com Haddad.

Foto:. Marcelo Camargo Agência Brasil
“Comungo com a visão de que há necessidade de cuidar dos gastos públicos com racionalidade e da aprovação urgente da reforma tributária. Somente assim teremos o crescimento necessário para garantir emprego e renda para a população”, falou. Tebet também disse que pretender tirar do papel um plano de desenvolvimento regional, para que a pobreza deixe de estar concentrada nos interiores do Norte e do Nordeste do país. “É preciso atacar as diferenças sociais e regionais”, declarou.
A ministra do Planejamento declarou inda estar disposta a combater a inflação e o aumento dos juros, assim como o aumento da dívida pública, a miséria e a fome. Simone, disse que não identificou problema maior a ser combatido que a inflação. “A inflação vem da instabilidade política, e instabilidade política é coisa do passado”, considerou.
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Simone citou o discurso feito pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, sobre a prioridade de políticas públicas para os mais pobres e as outras minorias sociais que serão considerados de forma prioritária no Orçamento. “Não vamos descuidar dos gastos públicos, aí se verá nosso lado firme e austero, mas conciliador. É na diferença que vamos nos somar. Conciliaremos as necessidades e prioridades de cada ministério com os recursos disponíveis.”
Finalizando, Tebet ressaltou que esses expedientes viriam tanto dos cofres públicos, como de parcerias privadas de investimento. A ministra disse que haverá também uma secretaria no ministério do planejamento, que vai estar empenhada em monitorar as políticas públicas que já está sendo aplicada. “Pior do que não gastar dinheiro, é gastar mal. Política social é central nesse governo e para o país, mas não há política social sustentável sem uma política fiscal responsável”, finalizou.
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Foto:. Marcelo Camargo Agência Brasil