ECONOMIA

Setor público apresenta Déficit primário de R$ 18 bilhões em setembro

A perda registrada pelo governo federal foi de R$16,506 bilhões, e os Estados e municípios da federação apresentaram um prejuízo de R$1,065 bilhão


O Banco Central divulgou nessa quarta-feira (8) um levantamento sobre a economia dos Estados e governo central, onde foi registrado um “déficit” primário de R$18,071 bilhões no mês de setembro. Em 2022, no mesmo período, o país havia registrado um “superavit” em R$10,746 bilhões. Os números do setor público divulgados pelo BC, excluem empresas estatais como Petrobras e Eletrobras, além dos bancos públicos.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A perda registrada pelo governo federal foi de R$16,506 bilhões, e os Estados e municípios da federação apresentaram um prejuízo de R$1,065 bilhão. As empresas públicas (estatais) expuseram uma perda de R$ 500 milhões.

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Em um ano, as contas públicas concretizadas tiveram um acúmulo negativo de R$101,888 bilhões, (0,97% do PIB). No mês de agosto, o déficit primário estava em 0,70% do Produto Interno Bruto. No acumulado do ano, o governo informou que teve uma perda de R$ 97,080 bilhões, em comparação com um superavit de R$ 130,802 bilhões de 2022. Isso porque o conceito primário não aprecia as despesas financeiras.

Considerando o conceito nominal (movimento de caixa e o pagamento de juros), o setor público apresentou uma perda de R$ 99,785 bilhões em setembro. Em 2022, o resultado indicou um déficit de R$ 60,618 bilhões. O resultado nominal de setembro somou uma conta de juros de R$ 81,714 bilhões, adicionando ao déficit primário de R$ 18,071 bilhões.

Já a dívida líquida do poder público não financeiro teve um acréscimo de 0,2% em relação ao PIB de setembro, alcançando 60% (cerca de R$ 6,310 trilhões). A variação mensal pode ser esclarecida pelos impactos dos juros nominais acomodados, do déficit primário, e da desvalorização cambial, além do reconhecimento líquido de ativos e da variação do PIB nominal.

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Porém, a dívida bruta dos poderes executivos do Brasil somou R$ 7,826 trilhões em setembro, ou 74,4% do PIB. Em relação a agosto, tendo um aumento de 0,1%. A variante mensal da dívida bruta pode ser esclarecida através da evolução dos juros nominais apropriados, e pelo efeito da desvalorização cambial, além dos resgates líquidos de dívida e pela variação do PIB nominal.