O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) relator da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (CPI-MST) informou nessa terça-feira (19), deve apresentar seu relatório final, sobre a investigação parlamentar, nesta quinta-feira (21). Entretanto, a deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP), que também é membro da CPI, planeja apresentar um relatório paralelo contrapondo o material que será apresentado por Salles.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Conforme o relator da CPI-MST, governo e oposição negociam possíveis alterações em ambos os relatórios. “Saberemos entre hoje e amanhã se esse entendimento entre as lideranças permitirá que haja uma certeza maior na aprovação do relatório. Isso depende muito mais do outro lado do que de nós. A nossa parte está feita. Se houver algum campo de negociação eles vão precisar falar o que está sujeito a negociação”, declarou Salles.
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Um dos pontos que estão em negociação é a retirada do nome do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que pode ser um dos indiciados nos crimes apontados pela Comissão. O governo está pressionando o relator para que o nome do parlamentar seja retirado do relatório final.
Já o relatório paralelo que está sendo produzido pela deputada Sâmia Bonfim, pretende não indiciar ninguém, entretanto a parlamentar deve apresentar uma acusação formal contra o presidente e o relator da CPI-MST. Conforme Sâmia, os membros da Comissão praticaram os crimes de abuso e invasão de domicílio durante as diligências realizadas pela comissão nos assentamentos do MST.
Para Sâmia, também foi cometido o crime de violência política de gênero, que segundo ela, teria sido cometido por Salles e Tenente-coronel Zucco durante os trabalhos da CPI-MST.