O empresário Cleriston Pereira da Cunha, 56 anos, que foi preso acusado de participar dos atos de vandalismo nas sedes dos três poderes em Brasília no dia 8 de janeiro desse ano, morreu nessa segunda-feira (20) na Penitenciária da Papuda, localizada na capital federal. Cleriston veio a óbito quando tomava banho de sol devido a um ataque cardíaco fulminante.

Foto: Reprodução/Cleriston Cunha no Facebook
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, sofreu duras criticas de políticos da oposição ao governo Lula por não atender um pedido da defesa de Cunha, junto a PGR, sobre laudos médicos que atestavam a gravidade da doença e risco de morte do empresário.
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Conhecido como “Clezão do Ramalho”, o empresário respondia a uma ação penal, onde foi acusado de diversos crimes como, “associação criminosa armada e golpe de Estado”. Devido ao fato ocorrido na Papuda, o ministro Alexandre de Moraes requereu informações precisas sobre a morte do detento. O ministro quer investigar o prontuário médico de Cleriston e também averiguar o relatório de atendimento recebido pelo detento durante sua prisão.
Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape), o fato ocorreu no pátio da unidade prisional por volta das 10h, quando o empresário passou mal durante o “banho de sol”. Uma ambulância do Corpo de Bombeiros foi acionada às 10h18 para prestar os primeiros socorros. Entretanto, os esforços para reanimar o paciente não foram suficientes, sendo que o mesmo não resistiu, vindo a óbito às 10h58.
A defesa do empresário havia apresentado a Moraes, um documento com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando sua liberdade provisória. Porém, o relatório ainda não havia sido despachado pela Corte. Conforme o Laudo médico, caso o empresário continuasse preso na Papuda, havia uma grande possibilidade de morte. A notificação, estava datada no mês de julho deste ano, e o documento foi usado pela defesa na peça jurídica, a qual indicava a gravidade da situação médica de Cleriston e solicitava o relaxamento da prisão.
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Desde a sua prisão em janeiro deste ano, Cleriston era acompanhado por uma equipe multidisciplinar da Unidade de Saúde da prisão federal e recebia medicamentos contra a diabete e também da hipertensão. Conforme a viúva do empresário, Jane Duarte, 45, a mesma levava os remédios para o marido, que com frequência passava mal na prisão. Jane afirmou que Cleriston tomava nove medicamentos por dia para poder ter acesso ao tratamento.