Uma reunião entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana Irfaan Ali, deve ocorrer nos próximos dias para uma discussão sobre a autonomia do território de Essequibo, localizado na Guiana, que está sendo preterido pela Venezuela. O presidente guiano divulgou nesse domingo (10) na sua rede social que pretende participar da reunião.

Imagem: Divulgação
Irfaan Ali afirmou também em sua declaração, que é um deve da Venezuela respeitar os tratados internacionais sobre a região. O chefe de Estado sul-americano também ressaltou que espera maior segurança no território de Essequibo diante das ameaças de emprego de força militar por parte dos venezuelanos.
Continua depois da Publicidade
A reunião entre as partes deve ocorrer em São Vicente e Granadinas, localizado no Caribe, o país está no comando temporário da Comunidade dos Estados Latino Americanos e do Caribe (Celac). O presidente Lula (PT), mesmo sendo convidado pelo ditador venezuelano, no último sábado (9) para participar das negociações, na ocasião, deve enviar em seu lugar o assessor especial para assuntos internacionais da presidência da República, Celso Amorim.
O diplomata brasileiro esteve em novembro, em Caracas, capital da Venezuela, para dialogar com o ditador Maduro, sobre a disputa do território de Essequibo. O governo do Brasil expressa muita preocupação sobre o conflito, pois o território em disputa fica na fronteira norte do país.
Embora o petista não participe do encontro, Lula foi quem indicou uma intermediação da ‘Celac’ frente ao problema geopolítico. Para que a contestação venezuelana não se configure em um conflito bélico, os Estados Unidos também solicitaram um diálogo entre os dois países.
Continua depois da Publicidade
O território de Essequibo, que está sendo requerido pela Venezuela a mais de 100 anos, e a região corresponde a 70% do território oficial da Guiana. A tensão entre os dois países aumentou após um referendo proposto pelo presidente Nicolàs Maduro, que conforme informações da Justiça eleitoral venezuelana, 95% dos votantes apoiam a anexação do território guiano. Entretanto, a legitimidade do resultado do referendo é questionada por órgãos internacionais.