OFENSAS

Presidente eleita do TCE formaliza denúncia de agressão verbal contra o conselheiro Ari Moutinho

A conselheira afirmou que as ofensas foram realizadas no plenário da Corte de Contas


A presidente eleita do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), conselheira Yara Lins, nesta sexta-feira (6) acusou o seu colega de tribunal, o conselheiro Ari Moutinho Jr de ter proferido graves ofensas contra sua pessoa. Após formalizar a acusação na sede da Delegacia da Polícia Civil, no bairro Dom Pedro, zona Oeste de Manaus, Yara concedeu uma entrevista coletiva, onde descreveu o ocorrido.

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“Nesse momento eu não estou aqui como conselheira, estou aqui como uma mulher. Uma mulher que foi covardemente agredida no plenário antes das eleições para me desestabilizar”, disse a conselheira.

A conselheira afirmou que as ofensas foram realizadas no plenário da Corte de Contas, e várias pessoas testemunharam o fato. Segundo Yara, o conselheiro Ari Moutinho respondeu seu cumprimento, proferindo palavras de baixo calão.

“Eu disse “bom dia”. Ele respondeu, bom dia, nada, puta, safada, vadia. Eu vou te fud*r, porque fiz o mesmo com a Lindôra no Ministério Público, você vai ver”, relatou Yara.

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A presidente eleita declarou as informações acompanhada do vice-presidente eleito do TCE, Luís Fabian Barbosa e do corregedor eleito, Josué Neto, além da presença do seu filho, o deputado federal Fausto Jr.

A denúncia proferida por Yara, é mais um fato ocorrido nas diversas polêmicas desencadeadas no processo eleitoral do Tribunal de Contas, que terminou com a eleição de Yara como presidente da Corte para o ano próximo ano.

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Um fato apresentado na denúncia, foi o nome da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, que reassumiu o cargo na metade de setembro. Lindôra é a mesma subprocuradora que votou favoravelmente para absolvição de Ari Moutinho em duas ações por críticas feitas ao governador, Wilson Lima, durante audiência pública que discutiu sobre a prestação de serviço do gás natural no Amazonas, ocorrido em junho de 2020.

“Eu peço Justiça por que sou a única mulher, a única conselheira do tribunal e represento as servidoras da minha instituição. Eu relutei muito em vir aqui fazer essa denúncia, mas eu não poderia me acovardar como muitas por ameaças, e eu não aceito ameaças. Eu quero que a Justiça puna o agressor, para acabar a violência contra a mulher, eu peço justiça das autoridades dos homens e das mulheres”, declarou a conselheira.

Yara Lins, afirma que as agressões foram registradas por câmera de segurança e do próprio plenário. “Fui agredida dentro da minha função, dentro do plenário do tribunal de contas. O vídeo mostra que depois que fui agredida, eu fiquei paralisada e passei a mão no rosto dele e disse: você é um infeliz, por isso que sofre tanto. E ele sarcasticamente tentou pegar no meu rosto e mandou beijo para mim”, detalhou.

A presidente eleita do TCE, classificou o ato como um “deboche” de Moutinho. “Durante meu discurso na sessão, eu disse ‘agradeço a Deus, tudo posso naquele que me fortalece. Mas eu só remo a Deus, não temo homem, não temo ameaça’ e ele gritou lá da Tribuna: ‘Amém’”, finalizou.