ECONOMIA

Presidente do Banco Central estuda acabar com rotativo do cartão de crédito

A modalidade de crédito vigente no Brasil corresponde a 50% das transações realizadas em cartões no Brasil.


O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou, nesta quinta-feira (10) no Senado Federal, em Brasília, que a instituição financeira estuda alternativas para a redução da inadimplência do pagamento do cartão de crédito rotativo. Campos Neto foi convocado pelo presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para apresentar o Relatório de Inflação e de Estabilidade Financeira do BC e também explicar o processo inflacionário do país e o patamar de juros estipulados pelo Banco público.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A modalidade de crédito vigente no Brasil corresponde a 50% das transações realizadas em cartões no Brasil. De acordo com Campos Neto, entre as possibilidades analisadas, está a possibilidade de acabar com esse tipo de pagamento por serem cobradas altas taxas de juros para o saldo devedor.

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Para resolver o problema, a solução apresentada por Campos Neto é substituir o crédito rotativo por um novo modelo de parcelamento com taxas menores e com juros de 9% ao mês. “A solução está se encaminhando para não ter mais rotativo, que o crédito vá direto para o parcelamento. Que seja uma taxa ao redor de 9%. Você extingue o rotativo. Quem não paga o cartão vai direto para o parcelamento ao redor de 9%”, explicou.

O presidente do BC afirma que está avaliando uma tarifa para desestimular o parcelamento de dívidas com períodos mais extensos e sem juros. “Não é proibir o parcelamento sem juros. É simplesmente tentar que fique um pouco mais disciplinado. Não afetará o consumo. Lembrando que cartão de crédito é 40% do consumo no Brasil”, esclareceu.

Outra medida estudada pelo BC é a limitação dos juros no cartão de crédito rotativo. Conforme a proposta, os bancos poderão retirar de circulação cartões de crédito de pessoas que apresentem um grande risco de inadimplência.

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