A Polícia Federal realiza, nesta sexta-feira (11) uma operação de busca e apreensão contra o general Mauro César Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair. Bolsonaro (PL), em Brasília. A Operação “Lucas 12:2” investiga uma suposta negociação de joias, relógios e pedras preciosas recebidos da Arábia Saudita para lucro pessoal.

Foto Lula Marques/ Agência Brasil.
O ex-advogado do ex-presidente Bolsonaro, Frederick Wassef, e o tenente-coronel Osmar Crivelatti (também ex-ajudante de ordem de Bolsonaro), também são alvos da operação. Segundo a PF, Osmar foi o responsável por guarda e monitorar as joias recebidas pelos árabes na fazenda do Piquet. Conforme a instituição policial, o acervo era composto por mais de 9 mil objetos, e ocuparam um espaço de aproximadamente 200m³ na Fazenda, localizada em uma região próxima ao lago Sul, área nobre de Brasília.
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A PF cumpre 11 mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e as ações fazem parte do inquérito policial das “milícias digitais”. Em nota, a PF informou que a iniciativa investiga uma possível formação de um sistema ilegal para a venda de produtos de grande valor usando a máquina pública. Os mandados estão sendo cumpridos em Brasília, São Paulo — SP e Niterói — RJ.
“Os alvos da operação são suspeitas de utilizarem a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridade estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”.
Segundo a Polícia Federal, “o militar e outros integrantes do governo investigados são suspeitos de utilizarem a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues de presente por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens em países do exterior”.
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A investigação apontou, até o momento, que os valores obtidos dessas vendas ilegais foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados.
A polícia Federal solicitou às autoridades dos Estados Unidos, a quebra de sigilo bancário de uma conta em nome do general da reserva Mauro César Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid. A PF suspeita de que a conta teria sido usada para o recebimento de valores relativos a vendas de presentes de alto valor recebidos por agentes públicos brasileiros de autoridades árabes.