A Diretoria executiva da Petrobras aprovou nessa segunda-feira (15) a estratégia comercial que deve substituir a política de preços da gasolina e do Diesel comercializados pela empresa pública em substituição ao modelo utilizado atualmente que trabalha através da variação cambial do preço do óleo bruto vendido no mercado mundial.

Foto: Thiago Gadelha
O anúncio emitido pela estatal nesta terça-feira (16), na prática, deve encerrar o vínculo obrigatório de paridade de importação, que mantém o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, trazendo em vista a melhor alternativa acessível aos clientes.
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A nova tática da Petrobras utiliza referências de mercado mediante um custo alternativo do cliente (valor a ser priorizado na precificação) e o valor marginal para a estatal.
O custo alternativo considera as principais escolhas de suplemento, sejam de fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos.
Já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de conveniência, dadas as diversas opções para a companhia, dentre elas a produção, importação e exportação do referido produto ou do tipo de óleo (petróleo) utilizado no refino.
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Foto: Dado Galdieri/Bloo/Dado Galdieri)
O presidente da autarquia, Jean Paul Prates, destacou que a nova tática da empresa, deve transformar a Petrobras em uma empresa mais competitiva no mercado.
“Com essa estratégia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes. Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país”, declarou.
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Para o diretor de logística, comercialização e mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, com a nova política de preços a empresa deve ficar mais rentável e também sustentável.
“Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável”, acrescentou.
A autarquia também anunciou que a precificação competitiva deve manter um patamar de preço que garante a realização de investimentos previstos no Planejamento Estratégico da autarquia.
“A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com a sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado, ao passo que entrega aos seus clientes maior previsibilidade por meio da contenção de picos súbitos de volatilidade”, declarou a nota.
Entretanto, os reajustes dos preços dos combustíveis irão continuar sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da variação dos preços nas cotações de câmbio internacionais.
As decisões definitivas ligadas à estratégia comercial continuam sendo subordinadas ao Grupo Executivo de Mercado e Preço da companhia, composto pelo presidente da Petrobras, o diretor-executivo de logística, comercialização e mercados e o diretor financeiro e de relacionamento com investidores.
Os ajustes de preços dos combustíveis (diesel e gasolina) irão continuar a ser divulgados nos canais de comunicação aos clientes e no site da Petrobras. Nesses canais, também serão disponibilizadas informações referentes à sua parcela e dos demais agentes na constituição e organização dos valores médios a serem cobrados ao consumidor.