CRÍTICA INTERNA

Pacheco critica fala de Lula contra Israel e pede retratação do petista

Segundo Pacheco, embora as ações de Israel contra o Hamas sejam “excessivas e desproporcionais”, não há possibilidade nenhuma de comparar com o Holocausto


O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), solicitou nessa terça-feira (20) um pedido de desculpas formal do presidente Lula (PT) diante das falas proferidas pelo esquerdista comparando com o nazismo, a ação militar de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“Estamos certos de que essa fala equivocada não representa o verdadeiro propósito do presidente Lula, que é um líder global conhecido por estabelecer diálogos e pontes entre as nações, motivo pelo qual entendemos que uma retratação dessa fala seria adequada”, afirmou Pacheco.

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O presidente do Senado também disse que as palavras usadas pelo presidente do Brasil foram proferidas de forma excessiva. “Genocídio é o extermínio deliberado de um povo, por motivos de diferenças étnicas, nacionais, raciais ou religiosas. Há um plano para se eliminar aquele grupo”, disse.

Segundo Pacheco, embora as ações de Israel contra o Hamas sejam “excessivas e desproporcionais”, não há possibilidade nenhuma de comparar com o que acontece hoje com o Holocausto.

“Ainda que a reação perpetuada pelo governo de Israel seja considerada indiscriminada e desproporcional, não há como estabelecer um comparativo com a perseguição sofrida pelo povo judeu no nazismo”, declarou.

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O presidente do Congresso também defendeu a posição do Senado que condenou o “ataque terrorista” do Hamas ocorrido em outubro de 2023, no sul de Israel, afirmando que não endossa “reações desproporcionais e o uso de violência irracional que tenham ocorrido ou estejam ocorrendo na Faixa de Gaza”.

“Contudo, não podemos compactuar com as afirmações que compararam a ação militar que está ocorrendo na região neste momento com o Holocausto, o genocídio contra o povo judeu perpetrado pelo regime nazista na Segunda Guerra Mundial”, disse.

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