Após três meses dos atos de vandalismo ocorridos nas sedes dos três poderes em Brasília, o presidente do Senado federal, Rodrigo Pacheco (PSD), leu nesta quarta-feira (26) na sessão conjunta do Congresso Nacional o requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que pretende investigar e responsabilizar os participantes e os influenciadores do sinistro.
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
Depois da leitura e instalação da Comissão, o próximo passo dos líderes parlamentares será a indicação dos deputados e senadores que irão compor o colegiado.
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Para que a leitura da CPMI fosse materializada foi preciso ser cumprido o número mínimo de assinaturas, e um fato verificado para que a investigação e o orçamento necessário para o funcionamento do colegiado fosse realizado.
A previsão para a instalação da Comissão vai ficar para a próxima semana. A CPMI deverá ser composta por 64 parlamentares, dividida em 32 titulares e 32 suplentes, sendo 16 integrantes titulares e mais 16 suplentes de cada uma das Casas legislativas (Câmara e Senado).
Após o cancelamento da sessão conjunta do congresso para a leitura da CPMI na terça-feira da semana passada (18), a CPMI ganhou força após a CNN Brasil divulgar, com exclusividade, imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto que mostraram integrantes do Gabinete de Segurança Institucional, inclusive o então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, interagindo com os invasores durante o ato do dia 8 de janeiro.
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Com a divulgação das imagens foi inevitável a demissão de Gonçalves Dias do comando da autarquia federal e consequentemente a mudança de opinião do governo Lula para então apoiar à criação da CPMI. Anteriormente a “situação” vinha tentando convencer deputados e senadores a retirarem assinaturas, de modo a inviabilizar a criação da comissão.