A cassação do agora ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) foi homologada por unanimidade pelos membros da mesa diretora da Câmara dos Deputados em Brasília, na tarde desta terça-feira (6). Dallagnol foi o candidato mais votado no Estado do Paraná, com mais de 340 mil votos e teve seu registro de candidatura cassado pelo Tribunal Superior eleitoral (TSE).
A acusação apresentada pela Coligação Brasil da Esperança (PT, PCdoB, PV), com a participação do Partido da Mobilização Nacional (PMN), correspondia a uma apuração
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de infrações disciplinares contra Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) quando ainda atuava como procurador da República na Operação Lava-Jato.
Os ministros do TSE entenderam que o ex-procurador “burlou” a Lei da Ficha Limpa, já que, em razão das investigações em curso no CNMP, ele estaria impedido de participar das eleições de 2022. Segundo o deputado Luciano Bivar (UB) que faz parte do grupo de quatro secretários da casa baixa, “a Câmara observou apenas se foram cumpridas as formalidades legais. O mérito foi julgado pelo tribunal, foi um ato declaratório”.