ÁUDIOS VAZADOS

Mauro Cid afirma em áudio que foi coagido pela PF em depoimento

Em contrapartida, o diretor-geral da Polícia Federal (PF) disse nesta sexta (22) que irá protocolar uma representação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o militar


Após a divulgação de um áudio conferido ao tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro) pela revista Veja na noite dessa quinta-feira (21) contra o trabalho da Polícia Federal e do Ministro do STF, Alexandre de Moraes, o militar foi inquirido a prestar depoimento ao juiz da 2ª Instância do gabinete de Moraes nesta sexta-feira (22), para explicar o teor das acusações declaradas na gravação. A audiência também terá a participação da defesa de Cid e um representante da Procuradoria Geral da República (PGR).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A revista Veja (que originalmente divulgou a conversa), não relatou como adquiriu tais arquivos de mídia. Na gravação, Cid afirma que foi ‘coagido’ pelos agentes da PF a confessar crimes e delatar pessoas próximas envolvidas em processos, aos quais o mesmo responde.

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O áudio gravado atribuído ao militar corresponde a uma conversa entre Cid e um receptor, após seu depoimento na Polícia Federal, em Brasília (11 de março de 2024).

Entretanto, a defesa do militar divulgou uma nota afirmando que os áudios são clandestinos e a conversa entre os interlocutores “em nenhum momento colocou em xeque a independência, funcionalidade e honestidade” da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República (PGR).

Em contrapartida, às declarações de Cid, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), delegado Andrei Rodrigues, disse nesta sexta-feira (22) que irá protocolar uma representação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o militar, afirmando que o conteúdo do áudio divulgado traz “graves acusações” à instituição.

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