Prisões

Mais de 400 manifestantes foram presos durante operação conjunta das polícias neste domingo em Brasília

Os manifestantes passaram por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) na unidade que funciona na sede da Polícia Civil, onde foram encaminhados ao Complexo Penitenciário da Papuda, onde aguardarão a audiência de custódia.


Em números divulgados na manhã dessa segunda-feira (9), a polícia Civil do Distrito Federal (DF) realizou mais de 400 prisões de manifestantes envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Os vândalos presos entre a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes foram encaminhados à sede da Polícia Civil. Ao menos 40 ônibus que levaram os suspeitos já foram apreendidos e pelo menos 10 foram vistos chegando à sede da policial em Brasília.

Foto: Tom Molina / AFP

Os manifestantes passaram por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) na unidade que funciona na sede da Polícia Civil, onde foram encaminhados ao Complexo Penitenciário da Papuda, onde aguardarão a audiência de custódia. O procedimento avalia formalidades do processo de prisão.

Continua depois da Publicidade

Os manifestantes radicais devem ser enquadrados pelo crime previsto no artigo 359-M do Código Penal brasileiro. O artigo define que, ao tentar depor governo legitimamente constituído, a pena para tal crime vai de 4 a 12 anos de prisão. O artigo foi incluído na legislação penal por uma lei aprovada pelo Congresso em 2021. Na época, o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) vetou trechos da proposta, mas não tocou no dispositivo que agora está sendo usado contra seus possíveis apoiadores.

Dos mais de 400 manifestantes radicais presos pela Polícia Civil do DF e pelas forças de segurança, conforme a Polícia Civil, foram acionados vários Delegados, investigadores e escrivães para acelerar o processo de burocracia das prisões. Os atos estão concentrados no Complexo da Polícia Civil, em Brasília.

Continua depois da Publicidade

Advogados de alguns dos manifestantes presos estão pleiteando junto aos delegados a libertação desses radicais, pois em vários casos não foi possível saber quais foram presos sem serem flagrados em atos de vandalismos. Porém, um dos extremistas presos é suspeito de ligação com o grupo que pretendia detonar um explosivo em uma subestação de energia de Taguatinga, cidade satélite de Brasília (DF). A informação é de investigadores da Polícia Civil do Distrito Federal.