O presidente Lula (PT) disse, nesta terça-feira (7) durante evento com empresários na abertura do “6º Brasil Investment Forum”, realizado pela ApexBrasil no Palácio do Itamaraty, em Brasília, que seu governo vai garantir o equilíbrio fiscal do Brasil nos próximos anos. O petista está submerso em contendas sobre uma possível mudança na meta do déficit zero para 2024. Segundo Lula, seu governo não precisa ser reduzido e acastelou uma maior participação privada em investimentos no país.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
“O que estamos dizendo é que vamos garantir estabilidade política, social, jurídica e fiscal. Queremos garantir para vocês a possibilidade de colocarem a inteligência empresarial de vocês para que o país cresça cada vez mais”, disse.
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O líder do Governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse na segunda-feira (6) que o Executivo não irá enviar mensagem ao Legislativo solicitando alteração na meta fiscal estabelecida pelo governo federal no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O deputado Danilo Forte (União Brasil–CE), relator da proposta, deve apresentar seu parecer à Comissão Mista de Orçamento nesta terça.
Os bastidores da política já indicavam desde julho deste ano que integrantes do governo já debatiam, as dificuldades enfrentadas pelo Executivo para conseguir zerar o déficit em 2024, porém a desavença se tornou pública, após o presidente ter dito em entrevista a jornalistas no dia 27 de outubro que o governo “dificilmente” irá cumprir a meta de déficit zero.
A briga entre membros do governo está definida entre uma ala do governo comandada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, que defende a meta de déficit de até 0,5%. Entretanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é contra esse número e aposta na defesa da manutenção da meta zero.
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Lula declarou que mesmo com a economia mundial estando em situação difícil, o país deve valer-se do bom momento para atrair investimento internacional e promover a indústria nacional, sem deixar de lado o agronegócio.
“No nosso governo, a gente não vai tentar vender a cama para dormir no chão. A gente não vai vender ativos públicos. A gente vai fazer com que eles se tornem competitivos em parceria com a iniciativa privada. A gente não precisa diminuir o Estado. É importante saber que o Estado, se ele não se meter a empresário, mas se ele se colocar com indutor do desenvolvimento de um país, a gente pode ter um Estado fazendo investimento sadio para que a gente possa crescer”, declarou.
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Lula salientou que o Brasil tem grande potencial para ser o líder da chamada “economia verde”, porém enfatizou que o governo não irá auxiliar iniciativas, “irá apenas incentivar”. Segundo o presidente, a natureza brasileira “garante competitividade”.
“Mundo hoje está se dando conta que questão climática não é mais loucura de nenhum jovem desvairado. […] É aviso de que ou nós fazemos as coisas com seriedade, ou seremos vítimas de nós mesmos”, disse.
O petista recomendou que seja definida uma meta no valor de US$ 1 trilhão para o fluxo do comércio exterior do Brasil. Conforme o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, o patamar atual está em US$ 600 bilhões.