O presidente Lula (PT) que está em Hiroshima, Japão onde participou da reunião do G7, disse nesta segunda-feira (22) ser “difícil” que a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, possa causar problemas ambientais sobre a Amazônia. Segundo o petista, uma eventual perfuração na bacia da região não deve interferir na floresta, pois o local da possível perfuração está cerca de 530 quilômetros de distância.

Foto: REUTERS/ Rodrigo Antunes
“Se explorar esse petróleo [da foz do Amazonas] tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado, mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros da Amazônia”.
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Segundo Lula, ele deve discutir o assunto na sua volta ao Brasil nessa terça-feira (23). O presidente deve intermediar o conflito entre Ibama e Petrobras, no caso da negativa da instituição ambiental da licença solicitada pela empresa estatal para perfurar o bloco FZA-M-59 localizado na bacia da foz do Rio Amazonas. Segundo a empresa, o local é considerado um novo “pré-sal” do país.
Na quinta-feira (18), a Petrobras afirmou que pretende recorrer na decisão do Ibama de indeferir a exploração. Conforme a estatal, a exploração da área faz parte de um compromisso assumido com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP), caso o acordo não seja cumprido, a empresa “pode sofrer em multa contratual se não for realizado”.
O senador do Amapá, Randolfe Rodrigues, líder do governo no congresso nacional, disse em suas redes sociais ainda na quinta-feira (18) que devido à negativa e divergência com o Ministério do Meio Ambiente (sem citar o nome de Marina Silva) anunciou a saída do Partido Rede sustentabilidade.
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O senador comemorou em suas redes sociais, uma publicação de Lula no Twitter, onde o petista defende a população da Amazônia, “tem direito de trabalhar, comer. Por isso, temos o direito de explorar a diversidade da Amazônia, para gerar empregos limpos”.