O presidente Lula (PT), vai receber na manhã dessa terça-feira (30), os presidentes e representantes de 11 países da América do Sul, para uma reunião de cúpula regional no Palácio Itamaraty, em Brasília. Conforme o Itamaraty, um dos temas que o governo brasileiro deve discutir com os demais participantes é a reorganização de um novo organismo que possa substituir a União das Nações sul-Americanas (Unasul).

Ká Pereira/SãoPaulo
Além da pauta da reorganização da Unasul, o Itamaraty também destacou outros dois temas principais dos debates:
Continua depois da Publicidade
- Reiniciar o diálogo regional;
- Buscar uma agenda concreta de cooperação em áreas como infraestrutura, saúde e combate ao crime organizado;
Conforme a secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Gisela Figueiredo Padovan, sobre a Unasul, a ideia é criar, um novo organismo para substituir o tratado, mediante um prazo mais longo. “A ideia é retomar o diálogo e a cooperação com países sul-americanos. A região dispõe de capacidades que serão chaves no futuro da humanidade, como recursos naturais, água, minérios, área para produção de alimentos. Uma agenda concreta de cooperação pode ser iniciada imediatamente”, explica.
A União das Nações sul-Americanas (Unasul) foi fundada em 2008, a partir de um Tratado assinado em maio do mesmo ano, com a participação dos governos de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O país estava fora do grupo desde 2019, quando iniciou a gestão do governo Jair Bolsonaro (PL). Já no terceiro mandato do presidente Lula, o país sinalizou a sua volta ao organismo internacional, no dia 7 de abril.
A Argentina, anunciou também a sua volta para o grupo, que atualmente tem como membros: Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela, além do Peru, que se encontra suspenso.
Continua depois da Publicidade
Após a abertura do evento no período da manhã, a partir das 10h15, com um discurso de Lula. Às 10h45 deve começar a sessão de trabalho, com cada líder tendo 15 minutos para fazer sua declaração.

Vitor Laerte/ Setubal Portugal
À tarde, um encontro informal deve acontecer, com um formato reduzido, às 15h. Cada presidente ou representante de país será acompanhado pelo respectivo chanceler que devem contar com apenas um ou dois assessores. Após uma série de eventos e reuniões entre os presidente e representantes de países da América do Sul, um jantar será oferecido pelo presidente da República aos chefes de Estado a partir das 20h30.
Continua depois da Publicidade
Quem deverá participar da reunião de cúpula:
Alberto Fernández (Argentina);
Luís Arce (Bolívia);
Gabriel Boric (Chile);
Gustavo Petro (Colômbia);
Guillermo Lasso (Equador);
Irfaan Ali (Guiana);
Mário Abdo Benítez (Paraguai);
Chan Santokhi (Suriname);
Luís Lacalle Pou (Uruguai);
Nicolás Maduro (Venezuela);
Alberto Otárola (presidente do Conselho de Ministros do Peru).