O presidente Lula (PT) declarou, nesta segunda-feira (27), a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para uma vaga ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso seja aprovado pelo senado, Dino vai assumir a vaga deixada por Rosa Weber, após aposentadoria da ministra em setembro deste ano. Lula também confirmou a indicação de Paulo Gonet para o cargo de procurador-geral da República.

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Para que os indicados de Lula possam assumir os cargos, é preciso serem aprovados primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado federal (CCJ), além da aprovação do plenário da Casa Alta. As análises dos nomes indicados pelo petista ainda não têm data definida.
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Lula anunciou os nomes dos candidatos, após reunião “surpresa” realizada nesta segunda-feira (27), em Brasília. O anúncio foi feito antes de da viagem do petista para o Oriente Médio. As indicações de Lula teriam sido decididas após uma reunião entre o presidente da república e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Nos bastidores, Lula havia indicado que Dino seria o nome ideal para assumir uma cadeira na Suprema Corte Federal.
Flávio Dino, tem 55 anos e é natural de São Luís, Estado do Maranhão. O ministro teve sua careira jurídica iniciada como advogado e professor de Direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) desde 1993. O ministro tem mestrado em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e foi professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UNB), de 2002 a 2006.
Dino ingressou na carreira política em 2006, quando se filiou ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e foi eleito deputado federal. Depois, conseguiu se eleger como governador do Maranhão, em 2014. Foi reeleito em 2018 e ocupou o cargo até abril do ano passado, quando concorreu ao cargo de senador.
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Já Paulo Gonet, que é o atual Vice-procurador-Geral Eleitoral (TSE), tem o apoio e simpatia de deputados, senadores, além dos ministros do governo Lula e do Supremo Tribunal Federal, como Gilmar Mendes (de quem foi sócio), Alexandre de Moraes e do recém nomeado Cristiano Zanin. Os três ministros foram informados antecipadamente na última quinta-feira (23) pelo presidente a respeito de sua escolha.