ECONOMIA

Lula afirma que não vai cumprir com meta fiscal para zerar déficit em 2024

O petista havia feito uma promessa de que iria controlar os gastos da dívida pública e também zerar o déficit fiscal do Estado


O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira (27), durante um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, em Brasília, que o governo federal não deve conseguir cumprir com a meta fiscal de zerar o déficit primário das contas públicas em 2024. O petista afirmou que não deverá fazer cortes de bilhões nos gastos governamentais no início do próximo ano.

Foto: CanalGov

“Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras prioritárias para esse país”, disse Lula.

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Lula havia feito uma promessa de que iria controlar os gastos da dívida pública e também zerar o déficit fiscal do Estado, tidas como fundamentais para que o mercado financeiro tenha confiança no arcabouço fiscal, assim como na certeza de que o governo federal possa adequar as contas públicas.

“Eu sei da disposição do Haddad, sei da vontade do Haddad, sei da minha disposição. Quero dizer para vocês que nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque não quero fazer cortes em investimentos de obras. Se o Brasil tiver um déficit de 0,5% o que é? De 0,25%, o que é? Nada”.

Com dez meses do atual governo Lula, a equipe econômica do petista tentou implementar projetos que pudessem trazer uma melhor arrecadação para o Estado, contudo que os mesmos não fossem de maior complexidade.

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Para isso, o atual governo apresentou projetos de lei para a taxação de apostas esportivas e também aos fundos exclusivos – super-ricos e também para offshores (as duas últimas aprovadas na Câmara dos Deputados).

Apesar do governo esperar que as novas leis possam auxiliar as contas federais, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, admitiu nesta sexta-feira (27) que pode haver uma piora nas perspectivas das contas do governo.

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Conforme Ceron, o Tesouro Nacional, também admitiu que o cenário apresentado para as contas do governo no próximo ano, tem um tom mais desafiador devido ao cenário internacional, onde o preço das “commodities” tem reduzido, e consequentemente acarreta perda da arrecadação federal.