Após a cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos) pelo TSE na terça-feira (16), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), declarou nessa quarta-feira (17) que apesar da perda do mandato do parlamentar, a corregedoria da casa legislativa irá analisar o caso. Conforme Lira, o deputado (cassado) terá cinco dias para entregar sua defesa ao setor da Câmara.
Dallagnol teve seu registro de deputado federal cassado por unanimidade pela Corte do TSE através de uma denúncia feita pela Coligação Brasil da Esperança (PT, PCdoB, PV) e PMN, onde o parlamentar é acusado de deixar o cargo, antes de ser julgado por uma sindicância interna do Ministério Público do Paraná.
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Durante. Sessão plenária dessa quarta, o presidente da casa baixa disse que o parlamento federal deve seguir os procedimentos estabelecidos no Ato da Mesa n.º 37/09. “A Mesa seguirá o que determina esse ato: a Câmara tem que ser citada, a Mesa informará ao corregedor, o corregedor vai dar um prazo ao deputado, o deputado faz sua defesa e sucessivamente”, informou Lira.
Conforme o ato administrativo, o corregedor tente por 3 vezes notificar o deputado que é alvo de decisão. O cargo de Corregedor da Câmara é exercido atualmente pelo deputado Domingos Neto (PSD). Conforme o trâmite, caso o corregedor não consiga notificar o deputado citado, a notificação será publicada no Diário Oficial da Câmara.
A partir da notificação, o acusado tem um prazo de até 5 dias úteis para apresentar sua defesa. Após o recebimento da defesa, o corregedor tem 30 dias de prazo para apresentar relatório final sobre o caso. Questionado por um dos deputados durante a sessão, para que o representante da Câmara se pronunciasse sobre a ação do TSE, Lira disse que “o mandato deve ser cassado somente por esta Casa”.
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Após sua cassação, Dallagnol, declarou, ainda na noite de terça-feira (16) que as vozes dos eleitores paranaenses foram “caladas” pela decisão, que classificou como “uma vingança sem precedentes”.