O presidente Lula (PT) foi duramente criticado pelo jornal francês “Libération”, na capa da edição desta sexta-feira (23), onde o título da matéria estampa “Lula, a decepção”, o periódico europeu alega que o presidente do Brasil seria um “falso amigo do Ocidente”. Conforme a matéria, os posicionamentos de Lula em relação à guerra na Ucrânia têm decepcionado a comunidade ocidental.
Ueslei Marcelino / Reuters
“O presidente brasileiro não é o precioso aliado que imaginávamos, especialmente quando se trata de ostracizar o novo pária do Ocidente: a Rússia, culpada de uma invasão intolerável da Ucrânia”, diz o jornal.
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Segundo a matéria, outro motivo que não agradou à comunidade internacional, decorreu após o convite de Lula ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro para participar da reunião de presidentes da América do Sul realizada em Brasília em maio desse ano. A publicação faz um questionamento ao mandatário brasileiro perguntando se o mesmo desconhece os abusos cometidos na “República Bolivariana do Autoritarismo”.
O tabloide francês, afirmou também que o cenário internacional esperava que Lula fosse um “messias” para o Brasil e o mundo, porém tratava-se de uma “miragem ou uma imagem embaçada”. Entretanto, a dificuldade de relacionamento entre Lula e o Congresso Nacional não passou despercebido pelos europeus.
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A despeito das críticas, o jornal francês também elogia a postura do presidente Lula como melhor do que o seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O encontro entre o mandatário brasileiro e o presidente da França, Emmanuel Macron realizado nesta sexta (23) é descrito na matéria como uma tentativa de reativar as relações bilaterais entre países paralisadas durante o governo de Bolsonaro.
O tabloide francês chama Lula de “hiperativo diplomaticamente” em associação com suas várias viagens ao exterior e encontros com mais de 30 líderes internacionais, “mais que Bolsonaro em 4 anos”. “O ex-metalúrgico pôs fim aos 4 anos de um pesadelo chamado Bolsonaro […] 4 anos de desmatamento acelerado, polarização extrema e, especialmente, isolamento internacional para uma nação mais do que emergente”, diz o texto.
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No início do mês de junho, Lula também foi criticado por outro jornal francês “L’Express”, e o motivo também foi a postura do petista, frente a guerra na Ucrânia e a aproximação do chefe do executivo federal com o ditador, Maduro da Venezuela.