OPERAÇÃO NEXUM

Jair Renan, filho do ex-presidente Bolsonaro, é alvo de operação da Polícia Civil do DF

Conforme o advogado de defesa, Admar Gonzaga, foram apreendidos pela Polícia o celular de Renan, um HD e anotações sobre “quociente eleitoral”


A operação da Polícia Civil do Distrito Federal denominada ‘Nexum’ foi realizada, nesta quinta-feira (24), com o intuito de desarticular um suposto grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Entre os suspeitos está o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan.

Foto: redes sociais – Renan

O nome escolhido para a operação, corresponde ao antigo instituto contratual do direito romano, que bancava a passagem do dinheiro e transferência simbólica de direitos. Ao todo, 35 policiais civis de Brasília e de Santa Catarina participam das ações.

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Conforme a força de segurança, dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão foram executados no Distrito Federal e também no Estado de Santa Catarina. Conforme a PC/DF, outros dois acusados foram alvos das buscas. Segundo as investigações, o suposto grupo agia por meio de laranjas e também de empresas fantasmas.

Outras acusações impetradas pela PC/DF, os suspeitos utilizavam uma identidade falsa com o nome de Antônio Amâncio Alves Mandarrari para realizarem operações financeiras e que também utilizaram o nome ‘fictício’ como proprietário de pessoas jurídicas laranjas.

“Os policiais civis ainda descobriram que os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, usando dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, além de manter movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior.”

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Conforme o advogado de Renan, Admar Gonzaga, foram apreendidos pela Polícia em um endereço de Renan em Santa Catarina o celular dele, um HD e anotações sobre “quociente eleitoral”.

Entretanto, o principal alvo da operação é o instrutor de tiro, Maciel Alves de Carvalho, preso na operação. Conforme as investigações, Maciel é acusado de ser o cabeça de um esquema criminoso de estelionato. Maciel é instrutor de tiro de Renan e possui um clube de tiro na capital federal.

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A polícia acusa o instrutor de usar o clube como fachada para a compra e venda ilegal de armas de fogo. As investigações pretendem apurar qual seria o envolvimento de Renan Bolsonaro no suposto esquema.