O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou nesta sexta-feira (1º) juntamente com o presidente Lula (PT) em Dubai, nos Emirados Árabes, o Plano de Transformação Ecológica com objetivo de interromper a degradação ambiental. Na ocasião, Haddad afirmou que o Brasil precisa de um investimento de US$ 1,3 trilhão a US$ 1,6 trilhão em dez anos.

Foto: Diogo Zacarias/MF
O ministro declarou que durante esses dez anos, é preciso ter uma aplicação anual entre US$ 130 bilhões a US$ 160 bilhões. Haddad, disse que os países explorados no passado não podem pagar a despesa da crise climática mundial.
Continua depois da Publicidade
Além de Lula e Haddad, o plano contra a degradação ambiental brasileiro contou também com a participação da presidente do banco dos Brics, Dilma Rousseff, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Ilan Goldfajn, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, e o embaixador André Corrêa do Lago.
Haddad disse que existem estudos que assinalam a concepção de 10 milhões de empregos com a transformação ecológica inseridos na bioeconomia, infraestrutura e agricultura.
“No entanto, para capturar essa oportunidade, esses mesmos estudos estimam que o Brasil precisa de investimentos adicionais da ordem de US$ 130 bilhões a US$ 160 bilhões por ano nos próximos 10 anos, principalmente em infraestrutura para adaptação, energia, indústria e mobilidade”, disse.
Continua depois da Publicidade
O ministro amparou que, se o país é considerado gigante na produção de energias renováveis, é devido ao investimento público no setor. Haddad apresentou o exemplo da
Petrobras e de outras empresas nacionais que investem em outros modais energéticos, como os biocombustíveis: biodiesel e o diesel verde. O ministro completou dizendo que a Embraer tem tido um protagonismo na pesquisa com o combustível sustentável para aviação (SAF).
Continua depois da Publicidade
O ministro fez um levantamento histórico da economia brasileira desde a colonização. Para Haddad, houve muita degradação ambiental na América do Sul, para que os grandes centros econômicos europeus pudessem ter uma ascensão. “O nosso ouro lubrificou os circuitos comerciais de uma Europa em expansão e o desenvolvimento de grandes centros financeiros como Londres e Amsterdã”, disse.