ASILO POLÍTICO

Governo Lula oferece asilo aos nicaraguenses expulsos Ortega

O esclarecimento do governo brasileiro vem um dia depois que o país ter se recusado a assinar a declaração da ONU que atesta crime contra a humanidade na Nicarágua.


O governo brasileiro manifestou, nesta terça-feira (7), em Genebra, Suíça, sua preocupação com a expulsão de opositores do regime de Daniel Ortega, na Nicarágua, e se ofereceu para recebê-los no Brasil. Mesmo sem citar o nome do ditador, o Brasil enfatizou no Conselho de Segurança da ONU através de seu embaixador do Brasil na instituição, Tovar da Silva Nunes, que “recebeu com extrema preocupação a decisão das autoridades nicaraguenses de determinar a perda da nacionalidade de mais de 300 cidadãos nicaraguenses”.

 

Continua depois da Publicidade

Bandeira da Nicaragua /Foto: aboodi vesakaran via Unsplash

O anúncio foi feito por Tovar, que demonstra a disposição oficial do governo. “Reafirmando seu compromisso humanitário com a proteção dos apátridas e com a redução da “apatridia”, o governo brasileiro se coloca à disposição para acolher as pessoas afetadas por esta decisão, nos termos do estatuto especial previsto na Lei de Migração brasileira”, destacou o embaixador.

O esclarecimento do governo brasileiro vem um dia depois que o país ter se recusado a assinar a declaração da ONU que atesta crime contra a humanidade na Nicarágua. Peritos da ONU compararam as violações de direitos humanos da ditadura do país da América Central ao nazismo de Adolf Hitler.

Na apresentação da carta-manifesto da ONU, nesta terça-feira (7), oficialmente, o Brasil não fez referência às conclusões dos peritos. A posição foi de defesa ao diálogo construtivo. Cerca de 300 opositores ao governo Ortega, considerados “traidores da pátria” pelo regime, tiveram seus direitos privados, e receberam sanções como perda da nacionalidade e expulsão.

Continua depois da Publicidade