Conforme dados divulgados pelo Banco Central do Brasil, nesta sexta-feira (28), o déficit primário do país (que exclui o pagamento de juros da dívida), no acumulado do ano, subiu para R$280,2 bilhões. Os dados são do relatório de estatísticas fiscais da instituição financeira, e apontou que o saldo negativo da dívida é o maior desde julho de 2021, quando totalizou R$305,5 bilhões.
Em defesa do governo Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na quarta-feira (26) que os superavits registrados nas contas públicas em 2022 foram “calotes” do governo Bolsonaro, e afirmou que “antigamente” pedalada era considerada crime.
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O registro do deficit primário do setor público consolidado (União, Estados, Municípios, Estatais) chegou a R$1,062 trilhão no acumulado do ano, entre os meses de maio de 2023 a maio de 2024. O número é o maior saldo negativo da história, iniciada em 2002. Embora tenha sido excluído o pagamento dos juros da dívida, o endividamento das contas públicas está no maio valor desde junho de 2021.
A diferença financeira negativa nas contas públicas brasileiras aumentou no governo Lula no mês de maio deste ano, embora o Estado tenha registrado uma arrecadação de R$203 bilhões no período do ano, que bateu o recorde da série histórica, com início em 1995.
Em relação ao déficit nominal, que corresponde a 9,57% do Produto Interno Bruto (PIB), houve um saldo negativo de R$1,043 trilhão no mês de abril. Um dos motivos que impulsionaram o aumento da dívida, foi o pagamento de juros, que somaram R$781,6 bilhão no acumulado do ano entre os meses de maio de 2023 a maio de 2024.
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O maior pagamento de juros dessa dívida, é explicado através do patamar da política da taxa básica da Selic, de frear o mercado econômico nos últimos anos, sendo que a base desse cálculo está em 10,5% ao ano.
O Brasil registrou uma perda financeira nominal de R$ 138,3 bilhões em maio deste ano. O rombo nas contas públicas foi o maior no período, desde 2020. Foi registrado, em maio de 2024, R$ 74,4 bilhões de gastos do setor público consolidado com o pagamento de juros da dívida. Sem os juros da dívida, o deficit primário somou uma perda de R$ 63,9 bilhões, o maior valor para o mês de maio desde 2020.