OPERAÇÃO ROTA DO RIO

Ex-prefeito de Anamã é alvo de operação da Polícia Civil contra o tráfico de drogas

Segundo as investigações, Raimundo Chicó é acusado de lavagem de dinheiro por meio de um frigorífico para o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro


O ex-prefeito do município de Anamã (162km de Manaus), Raimundo Pinheiro da Silva, conhecido na região como “Raimundo Chicó”, foi alvo da Polícia Civil do Amazonas, na “Operação Rota do Rio”, deflagrada nesta terça-feira (21), para combater o tráfico de drogas na região. Segundo as investigações da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), ‘Chicó’ é acusado de lavagem de dinheiro por meio de um frigorífico para a facção Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, que tem ramificações no Amazonas.

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De acordo com a DCOC-LD a facção carioca está com planos de expansão do tráfico para a Região Norte do Brasil. As investigações da delegacia especializada apontam que, em dois anos, já foram movimentados cerca de R$ 27 milhões. O alvo desta manhã foi a residência de Raimundo Chicó no município de Manacapuru, localizado na região metropolitana de Manaus.

Além do Amazonas, a operação policial foi deflagrada também nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Pará. Foram realizados 113 mandados de busca e apreensão, sendo que em uma das diligências, no Rio de Janeiro, o chefe do tráfico no Morro dos Prazeres, Juan Roberto Figueira da Silva, o ‘Cocão’, foi preso pela polícia carioca. Juan é acusado pela polícia de ordenar assaltos na região da Grande Tijuca e na Zona Sul do Rio. Cocão tinha, em aberto, seis mandados de prisão e estava foragido da justiça até ser preso nesta terça (21).

Foto: Divulgação

As averiguações da Polícia Civil do RJ apontam uma expansão dos domínios do Comando Vermelho para outros estados do Brasil, direcionados principalmente para a Região Norte do país. Segundo as investigações da PC/RJ, apontam que o grupo criminoso aproveitou uma briga interna de uma facção do Amazonas para recrutar novos membros e reconfigurar a rota do tráfico de drogas no país, controlando a entrada dos entorpecentes na fronteira entre o Brasil, Peru e Colômbia.

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