Conhecido como o responsável pela criação do Estado do Tocantins, o ex-governador Siqueira Campos, 94, morreu nessa terça-feira (4) em um hospital particular, em Palmas (TO). O ex-político estava internado desde quinta-feira (29) devido a complicações de uma infecção generalizada, a qual levou ao seu falecimento. A morte foi confirmada através das redes sociais por um dos seus filhos, Eduardo Siqueira Campos. De acordo com Eduardo, o seu pai, conhecido como “Sr. Tocantins”, “partiu sereno”.
Foto: Divulgação
O velório do ex-governador está sendo realizado no Hall da ala norte do Palácio Araguaia (sede do governo estadual). O enterro está marcado para o final do dia, no cemitério Jardim das Acácias, em Palmas (TO).
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O governador do Estado, Wanderlei Barbosa (Republicanos) decretou ponto facultativo nos órgãos estaduais nesta quinta-feira (5). A medida não afetará os serviços essenciais, como saúde e segurança pública, que funcionam sob regime de plantão.
Nascido na cidade de Crato (CE), Siqueira começou sua carreira política como vereador no município de Colinas do Tocantins (à época pertencente ao Estado de Goiás). Exerceu o cargo de deputado federal por quatro mandatos pelos partidos (Arena, PDS e PDC).
Um dos seus maiores feitos, a qual o deixou conhecido como “Sr. Tocantins”, em junho de 1987, Siqueira, como deputado federal e relator da subcomissão dos Estados da Assembleia Nacional Constituinte redigiu e apresentou ao deputado Ulisses Guimarães a fusão de emendas, que contava com mais de 100 mil assinaturas, a qual solicitavam a criação do então novo Estado da Federação.
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A região correspondia à época, parte do território do Estado de Goiás e na ocasião o deputado federal fez greve de fome para que a proposta de desmembramento fosse realizada. Após a conquista, Siqueira foi eleito governador do recém criado Estado brasileiro por quatro vezes, e sua importância foi grande o suficiente para que seu nome fosse eternizado no hino do Estado do Tocantins.
Siqueira ainda teve tempo de realizar mais feitos na política brasileira, em julho de 2019, com 91 anos, se tornou o parlamentar mais velho a tomar posse no Senado federal desde 1983, ao assumir temporariamente a vaga do senador Eduardo Gomes até agosto do mesmo ano.