ECONOMIA

Economista dos EUA afirma que China esconde recursos cambiais próximos a US$ 6 trilhões

Ex-funcionário do Tesouro dos EUA, Brad Sester afirma que a China teve “pausa repentina” em sua atividade declarada, o que representa riscos à economia global


De acordo com um ex-funcionário do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, Brad Sester, a China mantém “escondidas” metade das suas reservas cambiais. A afirmação do economista foi publicada no site “The China Project”.

freepik/diloka107

Conforme Sester, a estimativa de reservas cambiais em poder do país asiático estaria na casa dos US$6 trilhões, contrariando a divulgação do dragão do oriente, onde declarou na Administração Estatal de Câmbio chinesa o valor de US$3,12 trilhões.

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Sester declarou que o estilo de administração chinesa sobre os seus próprios recursos traz um impacto mundial, e disse que a situação pode representar riscos à economia no futuro.  “Ao longo do tempo, como o país administra sua moeda e suas reservas cambiais tornou-se muito menos transparente — criando novos tipos de riscos para a economia global”.

Brad, também destaca que a China teve uma “pausa repentina” em sua atividade declarada. “De 2002 a 2012, as reservas cambiais da China aumentaram constantemente, pois o Banco Central comprou ativos em dólares americanos para evitar que o yuan se valorizasse muito, permitindo que as exportações permanecessem baratas”.

O economista também analisou os números apresentados pelo país asiático. Segundo Sester, simplesmente a China parou de demonstrar esse aumento nos últimos 10 anos. “Isso é algo intrigante, já que o superavit comercial da China continuou crescendo e atualmente está em seu nível mais alto”.

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O cenário observado pelo economista, define que o país asiático tem “bancos paralelos”, que agem como bancos e assumem seus riscos, porém, não são regulamentadas como tal.“Assim como a China tem ‘bancos paralelos’, ela pode ser chamada de ‘reserva paralela’”, afirma. “Nem tudo o que ela faz no mercado aparece no balanço do Banco Popular da China”, disse.

Para Sester o sistema bancário estatal da China, permite esconder suas reservas cambiais. “Isso inclui credores comerciais estatais, como o Banco da China, Banco Industrial e Comercial, Banco de Construção e Banco Agrícola, além de bancos de políticas, como o Banco de Desenvolvimento e o Banco de Exportação e Importação do país”, completou.

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Segundo a publicação no site “The China Project”, o acúmulo de títulos de agências e do Tesouro dos EUA pela China ajudou na origem da crise econômica de 2008, “empurrando os investidores ainda mais para títulos lastreados em hipotecas mais arriscadas”.