Contrariando as pesquisas eleitorais, o candidato de Direita, Javier Milei, (apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro — PL) foi o grande vencedor das eleições primárias na Argentina realizadas, neste domingo (13). A última pesquisa antes do sufrágio eleitoral divulgada pela CB Consultora Opinión Pública, que apontou Milei em terceiro lugar com 20,3%. Entretanto, com 97% das urnas apuradas, o partido ‘A Liberdade Avança’ do economista de Direita que defende a dolarização do país e o fim do Banco Central argentino, foi o grande vencedor com 30,04%.
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A derrota significante da esquerda, expõe a crise política e econômica do país que refletiu também na escolha da segunda colocada das prévias, a chapa “Juntos pela Mudança” da candidata Patrícia Bullrich (ex-ministra da Segurança Social) com 27,9% dos votos, a candidata é considerada de centro-direita e apoiada pelo ex-presidente Maurício Macri.
As eleições primárias da Argentina PASO (Acrônimo de Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), são uma etapa prévia das eleições gerais da Argentina, é uma espécie de funil que define os candidatos na disputa da presidência da Argentina nas eleições gerais a serem realizadas no dia 22 de outubro deste ano.
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Milei é chamado na Argentina como o ‘Jair Bolsonaro argentino’, e recebeu apoio direto do ex-presidente brasileiro na véspera da votação. Bolsonaro divulgou um vídeo em sua rede social afirmando seu apoio ao candidato de Direita. O economista é um grande crítico do ‘socialismo’ do presidente Lula (PT), as declarações indicam uma possível ruptura na relação entre os países.
Em seu discurso de vitória, Milei criticou o atual presidente Alberto Fernández e sua Vice Cristina Kirchner, a qual, firma que é a continuação ‘Kirchnerismo’ e que está na hora de terminar no país.
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“Esta alternativa competitiva não só vai acabar com o kirchnerismo, mas também com a casta parasita, estúpida e inútil deste país”, disse Javier. “Estamos perante o fim do modelo de castas, baseado naquela atrocidade que diz que onde há necessidade, há direito, mas esquece-se de que esse direito tem de ser pago. Hoje demos o primeiro passo para a reconstrução da Argentina. Não só fomos a força mais eleita em termos individuais, como hoje somos a força mais votada. Porque somos a verdadeira oposição.”
A segunda colocada na disputa, Patrícia Bullrich fez, um aceno aos ultraliberais parabenizando a força da Direita para uma Argentina melhor. “Milei, como nós, não quer que o Estado seja uma caverna de La Cámpora”, disse ela. O ex-presidente do país, Maurício Macri, também comemorou o resultado do pleito deste domingo (13).
“Os resultados confirmam: a Argentina está entrando em uma mudança de época que definitivamente deixa para trás ideias nocivas que só causaram problemas, pobreza e desunião. Parabéns a Patrícia pela campanha, pela força e pelo coração que colocou nela. Obrigado também ao Horacio por colocar tudo o que precisa ser feito para fortalecer, como este primário fortaleceu, não só o Juntos por ‘el Cambio’, mas também o PRO. Somando os resultados de Javier Milei e os nossos, é enorme essa maioria de argentinos que propõem uma mudança profunda que não existe há décadas.”
A chapa derrotada nas prévias, ‘União pela Pátria’ do atual ministro da Economia Sergio Massa, candidato apoiado pelo presidente Alberto Fernández, recebeu 26,6% dos votos. De acordo com Massa, responsável por uma economia que passa por uma hiperinflação e índices de pobreza elevados, a hora é de juntar os cacos e tentar se reorganizar para conseguir uma reviravolta nas eleições gerais marcada par outubro deste ano.
“Há um novo cenário na política, uma nova força que expressa a oposição. Ela dividiu o eleitorado argentino em terços. Vamos lutar até ao último minuto de jogo, temos de construir uma nova maioria”, declarou.