NOVAS PROVAS

Dino avalia que delação de ex-PM expande as investigações sobre o caso Marielle

A delação de Élcio gerou, pela justiça, mandados de busca e apreensão para coletar novas provas para a investigação da PF


Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (24), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comentou sobre a Operação da Polícia Federal (PF) realizada na manhã desta mesma segunda, que prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, acusado de participar do assassinato da então vereadora Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes. Dino, disse que a ação teve como base, uma delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, preso por participara do crime.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Conforme Dino, Élcio confessou que dirigiu o carro usado para a realização do sinistro. O ex-PM confessou que outro ex-PM, Ronnie Lessa, foi quem efetuou os disparos. Conforme o delator, outros dois envolvidos no crime, como o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa (Suel), que já cumpria pena em regime aberto, e nesta segunda (24) foi preso novamente.

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A delação de Élcio, também gerou pela justiça, mandados de busca e apreensão para coletar novas provas para a investigação da PF. Maxwell chegou a ser preso em 2021, acusado de atrapalhar o trabalho da Polícia. Conforme o Ministério Público do Rio, “Suel” era o dono do carro usado para esconder as armas usadas no crime. Dino afirma na entrevista, que está acontecendo uma união das forças policiais para resolver o caso.

“Respeitamos todas as investigações ocorridas, mas essa operação com as polícias permitiu mais união. Esse elemento é decisivo. Com a colheita de novas provas, ocorreu a delação premiada do Élcio, que abre nova esperança. E acrescenta essa participação decisiva de Maxwell”, afirmou o ministro.

Dino também alega que o crime é direcionado às milícias que operam no Estado do Rio de Janeiro. “É indiscutível que o crime tem a ver com as milícias, mas até onde vai isso, não sabemos”, disse o ministro. “É um evento de enorme importância o que ocorreu hoje, fruto de muito trabalho, com a delação premiada, novos personagens, confirmação do crime e seus executores. É uma resposta que o Estado brasileiro dá.”

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Caso Marielle Franco

O atentado que levou às mortes de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, completou 5 anos no dia 14 de março de 2023 e, até hoje, não há esclarecimentos sobre mandantes e motivação do crime.

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O ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ter efetuado os disparos, e também o ex-PM Élcio Queiroz, que confessou que estava dirigindo o carro do qual os tiros foram efetuados, estão presos desde 2019 e serão julgados pelo Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

O caso segue com as investigações com os novos detalhes através da delação de Élcio, acusando o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, que teria também ajudado Ronnie Lessa a jogar as armas do crime no mar.