Foi rejeitado pela Câmara dos deputados, em Brasília, na noite desta terça-feira (22), um trecho do marco fiscal do governo federal, que iria abrir um espaço financeiro entre R$32 bilhões a R$40 bilhões no orçamento federal. O Senado Federal aprovou uma emenda que permitia o acesso do governo a um crédito adicional. Entretanto, a Câmara emplacou mais uma derrota ao governo Lula, e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
Imagem: Site Câmara dos Deputados
O placar eletrônico do plenário da Câmara, marcou 423 votos contra a emenda e 19 a favor, e somente duas abstenções. A retirada do trecho do marco fiscal, foi sinalizada, nessa segunda-feira (21), pelo presidente da casa, deputado Arthur Lira (PP-AL) em uma entrevista ao Portal de notícias Poder360. A informação foi confirmada, nessa terça (23), no texto final do relator do Marco Fiscal na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA).
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O trecho do marco fiscal, que dava poderes ao governo Lula, foi a principal mudança realizada no Senado, entretanto, membros do governo federal tentaram mudar a opinião dos deputados, porém não tiveram sucesso.
A medida, aprovada no Senado, foi de autoria do senador Randolfe Rodrigues (líder do governo e Sem Partido), onde descrevia a possibilidade da antecipação do crédito adicional da Lei Orçamentária anual (LOA), fora do teto de gastos. E a emenda indicava que a inflação real fosse maior que a estimativa da correção do limite de gastos, (considerando inflação de junho e julho).
Conforme Rodrigues, o governo agora deverá negociar o espaço no Orçamento ano a ano. Com a derrubada da emenda, o governo será obrigado a negociar uma licença do congresso para gastar mais no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que precisa ser aprovada todos os anos.