O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em discurso durante evento de filiação do Partido Liberal nessa terça-feira (25), na Câmara Municipal de São Paulo-SP, criticou as ações do atual governo federal e a reforma tributária que está em tramitação no Congresso Nacional. Bolsonaro disse que não desistiu de se candidatar ao cargo de presidente, mesmo estando inelegível por oito anos.

Foto: Danilo Verpa/Folhapress
Bolsonaro criticou duramente as políticas do governo Lula 3 sobre questões climáticas e Amazônia: “O Brasil é maravilhoso. Ninguém tem o que nós temos. A quem interessa, leva-se em conta países europeus e mais do Norte, interessa eu ou um entreguista na presidência da República? Um analfabeto, um jumento, por que não dizer assim?”.
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O presidente de honra do PL, disse também criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em relação às políticas econômicas realizadas pelo petista, além de comentar as intenções do ministro de taxar herdeiros, segundo o petista a iniciativa é para que essas pessoas não se tornem “parasitas”. Bolsonaro não poupou palavras em manifestar seu repúdio contra Haddad, o qual, diz que “nunca trabalhou na vida”.
O ex-presidente ainda comentou sobre o trabalho da imprensa e a prisão de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e de outros amigos e apoiadores presos recentemente.
“A imprensa vira e mexe pergunta para mim: ‘Você tem medo de ser preso?’. Qualquer um pode ser preso hoje em dia por nada, por nada! Ainda temos 250 pessoas presas em Brasília. Falam em ditadura Vargas, falam em Ditadura Militar, pegue esses períodos todos. Quantos presos tivemos lá? Menos da metade prendemos, em um único dia, em Brasília”, declarou.
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O ex-chefe do executivo federal, também repreendeu a aprovação na Câmara dos deputados, da reforme tributária que agora está sendo apreciada no senado. Bolsonaro, disse que muitos parlamentares aprovaram a proposta sem saber no que votaram e como será no futuro e o texto não apresenta números concretos: “Uma única certeza: vocês vão pagar mais. Acho que seria diferente. A reforma tributária, eu vinha fazendo com o Paulo Guedes. Reduzimos em um terço o IPI de 4 mil produtos”.
No evento, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, (que recentemente esteve em polêmica com o ex-presidente da República), reafirmou que Bolsonaro é quem define as decisões finais do partido: “Eu quero dizer para todos vocês, para todos que estão me ouvindo e para toda a imprensa, que Bolsonaro é a última palavra no partido”.