SENADO

Audiência da CI do Senado acaba em bate-boca entre a ministra Marina Silva e o senador Omar Aziz

O debate entre Marina e Omar se intensificou, após a cobrança do senador pela liberação das licenças ambientais para a pavimentação do trecho do meio da BR-319


A audiência pública da Comissão de Infraestrutura do Senado, desta terça-feira (27), que discutia a criação de unidades de conservação marinha na margem equatorial brasileira, terminou com um bate-boca entre a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva e o Senador Omar Aziz (PSD-AM). Na ocasião, o parlamentar amazonense questionou a ministra sobre a liberação das licenças ambientais para a pavimentação do trecho do meio da BR-319. Em resposta, a ministra questionou que, após a sua saída da pasta do Meio Ambiente em 2008, não houve iniciativa política para a rodovia federal poder ser pavimentada.

Foto: Montagem/Divulgação

O debate entre Marina e Omar se intensificou, com a troca de acusações sobre ideologias políticas, ambientais e interesses econômicos, dentro e fora do Brasil.

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Durante a discussão, o senador afirmou que milhares de pessoas morreram de Covid-19 no Amazonas devido à falta de oxigênio, pela dificuldade de transporte do material pela estrada federal.

Respondendo ao senador, Marina se amparou no cumprimento das regras, comentando sobre o caso da transposição do Rio São Francisco, no Nordeste. “No caso da BR-319 é o mesmo. Isso é muito concreto. Não é questão ideológica. Desmatamento, exploração ilegal de madeira e garimpo ilegal são objetivos”, afirmou.

Omar retrucou Marina, afirmando que a ministra atrapalha o progresso do país. “A senhora está atrapalhando o desenvolvimento do país. Eu lhe digo isso com a maior naturalidade do mundo. Tem mais de cinco mil obras paradas por causa dessa conversinha, governança, blá blá blá…”.

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Após a troca de acusações entre os envolvidos, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) entrou na briga, porém a Ministra Marina Silva questionou Valério afirmando que o mesmo queria “lhe enforcar”. Em resposta, o senador repetiu várias vezes: “Por favor, não me provoque”. Durante forte discussão entre os participantes da audiência, a ministra deixou a sala da comissão.