Os resultados do primeiro turno para a presidência da República nas eleições 2022 revelaram o que muitos já imaginavam: os institutos de pesquisa erraram feio… os números não são reais. A diferença entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) alcançou seus 5,23% dos votos válidos, enquanto as principais pesquisas cravaram uma diferença de 14%, inclusive anunciando uma possível vitória do petista no primeiro turno.
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Para exemplificar, um dia antes da votação, a Pesquisa Ipec/Globo divulgou exatos 51% para Lula, contra 37% para Bolsonaro. Impressionantes 14% de diferença entre ambos. Semelhantemente, a Pesquisa Datafolha, também divulgada no sábado (01/10), sugeriu 50% para Lula e 36% para o presidente Bolsonaro. Os institutos Ipesp e Quaest também divulgaram ampla diferença entre os dois candidatos: 14% e 11%, respectivamente.
É escandaloso o prejuízo moral que essa manipulação de dados exerce sobre os eleitores e principalmente sobre o candidato que estaria atrás nestas pesquisas. Há de se perceber, inclusive, um erro grotesco no Estado de São Paulo, onde o Datafolha divulgou, no sábado que antecedeu o pleito, uma vantagem do candidato ao governo, Fernando Haddad (PT), com 39% das intenções de votos, contra 31% do candidato bolsonarista e ex-ministro da república, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Por lá, o 2º turno se definiu exatamente de forma contrária à previsão, com Tarcísio à frente, alcançando 42,32% contra 35,70% de Haddad. E isso não é um simples erro. Tenha certeza disso.
Nas palavras do presidente da República, essa foi uma vitória contra a mentira. “Eu acho que se desmoralizou de vez os institutos de pesquisa. Vencemos a mentira hoje. O Datafolha estava dando cinquenta e um contra trinta e poucos. A diferença foi 4 (fechou em 5,23). Isso tudo ajuda a levar voto pro outro lado e isso vai deixar de existir. Até porque esse pessoal acho que vai deixar de fazer pesquisa, não é possível…”, afirmou o presidente Bolsonaro.
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Segundo esta coluna apurou, a pesquisa mais cara deste ano custou R$473.780,00 (a Datafolha). Para a população, é um valor muito expressivo. Para quem as encomenda, um lucro ideológico. A justificativa para tamanho erro nos números encontra no “arranque final do candidato” sua desculpa perfeita. Entretanto, o eleitor já tem entendido que, como diz o famoso meme, “algo de errado não está certo” nas pesquisas eleitorais brasileiras.