ECONOMIA

Alexandre Silveira diz que preços de combustíveis no Brasil estão “no limite” para reajuste

Entretanto, a Petrobras anunciou nesta sexta (4), que irá antecipar o pagamento de R$14,9 bilhões da remuneração dos acionistas relativa ao exercício de 2023.


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou, nesta sexta-feira (4), que o preço dos combustíveis conduzidos no Brasil está “no limite” e alertou que, se houver mais um aumento na cotação internacional do petróleo, inevitavelmente a Petrobras deverá realizar o acréscimo no preço praticado no país.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Em relação aos preços cobrados pela Petrobras, o presidente da estatal, Jean-Paul Prates, disse, na última terça-feira (1º) ao Broadcast que os rumores de aumento de preço dos combustíveis durante a semana, não são verdade. Prates afirmou que retrocedeu da ideia devido ao pedido do presidente Lula (PT), com quem esteve reunido no dia 1º de agosto, ao lado de todos os diretores e autoridades da empresa.

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Em relação aos dividendos dos acionistas da estatal, após a alteração da política de repasses ocorrida no dia 28 de julho, a Petrobras anunciou nesta sexta, que irá antecipar o pagamento de R$14,9 bilhões da remuneração dos acionistas relativa ao exercício de 2023.

Em nota ao mercado financeiro, a companhia afirmou que com base no balanço do segundo trimestre de 2023, entre abril e junho, o valor equivale a R$1,149304 por cada ação ordinária e preferencial, será pago em duas parcelas. A primeira parcela, de R$0,57452 por cada papel da empresa, será paga no dia 21 de novembro desse ano. Enquanto a segunda parcel, de R$0, 574652, será depositada no dia 15 de dezembro de 2023.

Sobre os lucros da estatal, a Petrobras informou, nesta quinta-feira (3) que a companhia recuou 47% no segundo trimestre, em relação ao período homólogo, para R$28,8 bilhões, em meio a uma queda dos preços do petróleo no mercado internacional. A Petrobras destacou, por meio de uma nota, que “o resultado é explicado principalmente pela desvalorização do preço do petróleo, pela queda de mais de 40% na diferença entre o preço do petróleo e os preços internacionais do diesel (crackspreads), e maiores despesas operacionais”.

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Conforme a estatal, os resultados foram parcialmente compensados mediante maiores ganhos de capital com venda de ativos e menores despesas financeiras, os quais são “fruto dos ganhos com variação cambial devido à apreciação do real frente ao dólar, entre outros fatores”, disse a empresa.