Um acordo entre Israel e Hamas foi selado na noite dessa terça-feira (21), configurando no primeiro tratado entre as partes desde o início da guerra ocasionada pelo ataque terrorista do grupo palestino em território israelense. O pacto propõe a troca de reféns e um cessar-fogo de quatro dias. Israel emitiu uma nota confirmando o acordo.
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“O governo aprovou as linhas gerais do primeiro estágio de um acordo pelo qual pelo menos 50 pessoas sequestradas – mulheres e crianças – serão libertas nos próximos quatro dias, durante os quais haverá uma pausa nos combates”, diz a nota.
Conforme o jornal israelense “Haaretz”, o Hamas pretende trocar 30 crianças, 8 mães e 12 mulheres em poder do grupo terrorista por mais de 100 mulheres e adolescentes palestinos presos em Israel. Entretanto, o número de palestinos que devem ser envolvidos na troca ainda não foi confirmado. Antes do fechamento do acordo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já admitia que estava trabalhando no tratado.
Além de Israel e o Hamas, Catar e Egito também fizeram parte das negociações. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, explanou seu otimismo na configuração do acordo. Entretanto, o porta-voz das Forças Armadas de Israel, Daniel Hagari, disse que apesar do cessar-fogo, o objetivo da FDI ainda é eliminar o Hamas. “A meta de devolver os reféns é significativa. Mesmo que isso resulte na redução de algumas das outras coisas, saberemos como restaurar nossas conquistas”, declarou.
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O tratado somente teve seu êxito devido a uma forte pressão internacional e uma resolução aprovada na semana passada no Conselho de Segurança da ONU. O conflito que dura 45 dias já matou cerca de 13.702 pessoas (12.300 em Gaza e 1.402 em Israel).