O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi intimado pela Polícia Federal (PF) a prestar depoimento sobre a investigação pela qual o ex-chefe do executivo federal e seus apoiadores são acusados de tentarem um golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito no Brasil. O depoimento foi agendado pela PF para a próxima quinta-feira (22), às 14h30.
Além de Bolsonaro, o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e o ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, também foram intimados pela instituição federal.
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Bolsonaro foi convocado pela PF devido à delação do seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Segundo a PF, Cid afirma que Bolsonaro estava ciente da possível operação de golpe. A instituição federal também averiguou o computador do militar e encontrou um vídeo de uma reunião ministerial realizada em 5 julho de 2022, onde foi possivelmente discutida a organização de um golpe.
Após a convocação da PF, os advogados do ex-presidente, apresentaram um requerimento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, informando que o Bolsonaro não irá comparecer à sede da PF (Polícia Federal) até que a defesa tenha acesso aos conteúdos dos celulares apreendidos durante a operação Tempus Veritatis. Conforme o processo, todos devem ser ouvidos até a próxima sexta-feira (23).
O pedido da defesa do ex-presidente foi protocolado no inquérito das milícias digitais, que foi base da operação realizada no dia 8 de fevereiro.