Pouco a pouco, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está anunciando sua equipe de governo para o mandato que se inicia em janeiro de 2023. Na última quinta-feira (22), o petista anunciou mais 16 nomes, aos quais, vão integrar seu grupo de ministros. Antes, outros 5 nomes já haviam sido anunciados por Lula. Ao todo, o presidente eleito irá contar com 37 ministérios, e até o momento, o petista conta com 21 ministros, ainda faltam outros 16 nomes a serem indicados, porém, a divulgação dos nomes dos titulares das respectivas pastas deve ser realizada até a próxima terça-feira (27).

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anuncia ministros durante coletiva no CCBB Brasília.
Ao anunciar os 5 primeiros, ministros de seu governo, Lula foi criticado por não ter no grupo, negros e mulheres. De acordo com Lula, embora não tenha anunciado mulheres nem negros agora, o ministério terá representatividade de diversos setores da sociedade. O presidente eleito também ponderou que Flávio Dino “é no mínimo pardo”.
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A declaração incomodou integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT), que esperavam indicações de uma maior diversidade de gêneros. Dos 21 nomes já confirmados, 6 são de mulheres, 5 são de negros e 1 indígena. Até o momento, 11 ministros dos 21 anunciados, são homens brancos, aos quais, fazem parte do 1º escalão do governo Lula.
Os 21 ministros anunciados até o momento, são:
- Geraldo Alckmin – vice-presidente também será ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio;
- Fernando Haddad – Ministério da Fazenda;
- Flávio Dino – Ministério da Justiça;
- Rui Costa – Casa Civil;
- José Múcio Monteiro – Ministério da Defesa;
- Mauro Vieira – Ministério das Relações Exteriores;
- Wellington Dias – Ministério do Desenvolvimento Social;
- Nísia Trindade – Ministério da Saúde;
- Márcio Macêdo – Secretaria Geral da Presidência;
- Camilo Santana – Ministério da Educação;
- Alexandre Padilha – Secretaria das Relações Institucionais;
- Luiz Marinho – Ministério do Trabalho;
- Luciana Santos – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações;
- Jorge Messias – AGU (Advocacia Geral da União);
- Silvio Almeida – Ministério dos Direitos Humanos;
- Anielle Franco – Ministério da Igualdade Racial;
- Márcio França – Ministério dos Portos e Aeroportos;
- Margareth Menezes – Ministério da Cultura;
- Cida Gonçalves – Ministério das Mulheres;
- Esther Dweck – Ministério de Gestão e Inovação;
- Vinicius Carvalho – CGU (Controladoria Geral da União).
Durante o anúncio, Lula disse para seus ministros não ampliem gastos com equipes ministeriais. Conforme o petista, será necessário manter o número de pessoas que havia em seu último ano de mandato, em 2010. Após receber o relatório do governo de transição, Lula disse que, “todo mundo vai ter que começar apertando o cinto, porque a quantidade de funcionários em cada ministério será no máximo comparada ao que era em 2010”, disse.
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Lula aproveitou mais uma vez o anúncio de seus ministros à imprensa para críticas o governo Bolsonaro. Porém, antes dele, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o país sofreu um “desmonte” no governo do atual. “Houve um desmonte de Estado brasileiro. Mais de 14.000 obras paradas. Isso não é austeridade, é ineficiência de gestão”, disse o vice.
De acordo com Lula, em seu governo o orçamento federal irá ficar à disposição dos mais pobres. “Nós vamos fazer todo o esforço possível, para que o pouco dinheiro que esse país está arrecadando seja colocada a disposição das pessoas mais necessitadas”, declarou.
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