Em uma das eleições mais disputadas da história, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente do Brasil pela terceira vez nesse domingo (30/10). O petista derrotou o atual presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL), que tentava sua reeleição. Com 98,91% dos votos válidos o petista foi declarado eleito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19:55h (horário de Brasília).
Cerca de 2,1 milhões de votos de vantagem, o presidente eleito alcançou 50,9% dos votos válidos, contra 49,1% do atual presidente, Jair Messias Bolsonaro. Lula está sendo aguardado na Avenida Paulista para a festa da vitória. Enquanto isso, o presidente Bolsonaro já se recolheu no palácio da Alvorada e deve, na manhã desta segunda-feira (31), realizar um pronunciamento oficial à nação brasileira.
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Em uma campanha cheia de narrativas, acusações de fake news e suspeitas contra o sistema eletrônico e processo eleitoral, no primeiro turno do pleito desse ano, Lula e Bolsonaro foram os escolhidos a disputarem mais um turno, sendo agora o decisivo para os brasileiros decidirem quais os rumos que o país irá tomar daqui por diante. E nesse domingo (30/10), o petista conseguiu a sua eleição em um processo eleitoral controverso e com votação muito acirrada. Lula terá agora que governar um país dividido, mas o maior desafio do seu governo, será ter que lidar com um congresso nacional voltado mais à direita.
Porém, embora o petista comece seu governo com uma desvantagem em relação ao legislativo em comparação aos seus governos anteriores, a vantagem do presidente eleito são as constantes inserções do STF, no processo político, através de interpelações do judiciário em questões polêmicas, suprimindo a pauta conservadora. Portanto a maior vantagem do petista será um judiciário com viés “Progressista”, ao qual são as pautas que Lula defendeu em sua campanha política durante os meses que sucederam as eleições desse ano.
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Trajetória
A trajetória de vida do nordestino nascido no estado de Pernambuco, no município de Caetés. Lula foi de sindicalista e torneiro mecânico para um dos líderes políticos que vai marcar seu nome na história do país. De fundador do Partido dos Trabalhadores, do Foro de São Paulo a presidente da República no auge de sua carreira política, Lula também chegou ao fundo do poço com acusações de corrupção e condenado em três instâncias do judiciário federal, cumprindo pena na sede da polícia federal na cidade de Curitiba, no Paraná.
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Para concorrer as eleições, o petista teve que passar por uma guerra jurídica no Supremo Tribunal Federal (STF), onde os ministros da Corte anularam sua condenação trazendo o processo de Lula de volta ao Tribunal de primeira instância, porém segundo as leis brasileiras, devido a idade avançada, os supostos crimes cometidos pelo petista tiveram sua prescrição. Devido a essas circunstâncias, Lula se tornou apto a disputar as eleições para presidente em 2022, livre até da Lei da ficha limpa, que indefere a candidatura de qualquer político, que esteja sendo alvo de processo na justiça brasileira.