A empresária e candidata ao governo do Amazonas pelo Agir, Nair Blair, foi entrevistada em uma emissora de TV local na última sexta-feira (12). A candidata apresentou seu currículo e suas propostas aos eleitores do estado, para as eleições gerais desse ano, a fim de assumir a cadeira oficial do executivo amazonense. Pela primeira vez, Nair teve a oportunidade de contar sua versão no episódio de sua prisão e do processo de cassação da chapa Melo/Henrique em 2016, caso que lhe trouxe popularidade.
Depois da sua absolvição pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a empresária procura restabelecer sua credibilidade, junto a sociedade amazonense, buscando espaço na mídia para explicar sua participação do caso da cassação do ex-governador José Melo (PROS) e de suas propostas ao executivo estadual.
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Foto: Reprodução
Blair conta que antes de ser conhecida pelo episódio jurídico/político, atuava sua carreira empresarial fora do estado, e conta que veio para Manaus, (apesar de ser nascida na capital amazonense), escalada pela FIFA para desenvolver um assunto de estado, em um projeto de consultoria de segurança dos atletas e das federações de futebol na copa de 2014.
“Eu não vim para aparecer, eu vim para trabalhar. E depois disso eu voltei para receber o dinheiro do meu trabalho que o governo ainda não havia pago e em 24 setembro, poucos dias antes das eleições, antes da minha viagem para Bruxelas que já estava marcada, eu fui para um culto, e quando eu estava dentro de um banheiro, orando com uma amiga, a Polícia Federal arrobou a porta e me prendeu por compra de votos, e logo depois eu soube que o partido do senador Eduardo Braga (MDB), havia feito uma denúncia por compra de votos”, declarou Nair.
“A polícia Federal apreendeu uma quantia de R$15 mil que estava em minha bolsa, e a quantia seria usada para pagar minha passagem de avião além de comprar Euros para custear minha viagem, os agentes apresentaram como prova cabal da compra de voto. Apesar de terem apreendido o dinheiro, foram apresentados à justiça e a sociedade apenas R$7 mil”, disse a candidata.
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Sobre a cassação do então governador Melo, Blair se diz com a consciência tranquila. “Eu não me sinto culpada pela cassação de Melo, mas me senti usada para esse ato. E mesmo assim fui absolvida pelo Supremo, pois não havia condições de uma pequena quantia de dinheiro ser suficiente para mudar uma eleição”, desabafou a empresária.
Blair revelou estar preparada para exercer o cargo de governadora, e diz não ter medo de represálias. “Eu vim para ser candidata, para mostrar que fui muito prejudicada, pois nunca imaginei passar por essa situação, fui condenada pela sociedade e estou há oito anos sem ver meus filhos, além de não ter tido oportunidade de explicar na época, pela imprensa e pela própria sociedade”, disse Blair.
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A empresária revelou que conseguiu experiência no serviço público trabalhando com os principais governantes e líderes políticos amazonenses, como Gilberto Mestrinho, Amazonino Mendes e Eduardo Braga e o já falecido ex-senador Jeferson Péres. Nair afirma que seus principais projetos são a inclusão de 2 milhões de amazonenses que hoje estão na linha da pobreza e uma revisão nos processos da Zona Franca de Manaus (ZFM), que possam otimizar e facilitar as vidas dos empresários que investem em seus negócios e geram empregos no polo Industrial de Manaus (PIM).