Em audiência pública no senado federal, em Brasília, nesta quinta-feira (19) o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu a posição tomada pelo governo federal em ‘não classificar o Hamas’ como um grupo ‘terrorista’. A participação do ministro na Casa Alta foi solicitada para que o mesmo explicasse a atuação da diplomacia brasileira no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Segundo o ministro, a atitude tomada pelo governo federal, tem a intenção de proteger os cidadãos brasileiros que vivem no exterior, principalmente na zona de conflito, no Oriente Médio. Conforme Vieira, qualquer mudança na posição do grupo depende das orientações da Organização das Nações Unidas (ONU), pois o Brasil segue as diretrizes do Conselho de Segurança da instituição internacional.
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“O Hamas é um partido político também, tem um lado administrativo, com duas brigadas, que são o braço armado. Nem a organização na totalidade, nem as brigadas foram consideradas organizações terroristas pelo Conselho de Segurança da ONU até agora. Portanto, o Brasil segue essa orientação”, disse Mauro.
O diplomata brasileiro ressaltou o amplo apoio da proposta brasileira no Conselho de Segurança da ONU, na questão da guerra entre Israel e Hamas, embora o texto apresentado pela comitiva brasileira tenha sido vetado pelos Estados Unidos. Para o chanceler, a diplomacia brasileira obteve uma vitória internacional, mesmo não tendo uma resolução aprovada desde 2016, e a na maioria das votações não houve um número suficiente de votos.
Vieira destacou que o Brasil está presidindo o Conselho de Segurança até o final de outubro. Segundo o diplomata, uma nova resolução ainda pode ser apresentada, desde que seja uma proposta diferente da atual.