Líderes de países sul-americanos se reúnem em Belém, capital do Pará, nesta terça (8) e também na quarta (9) para discutir e debater o destino da maior floresta tropical do planeta na Cúpula da Amazônia. O evento internacional aspira definir políticas e estratégias para o desenvolvimento sustentável e proteção do bioma da região.
Além dos seis representantes dos chamados “países amazônicos”, (Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru, Venezuela), a Cúpula deve receber também, países convidados, como: Indonésia, França, Noruega e Alemanha. O evento irá contar também com representantes de entidades, movimentos sociais, academia científica, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e demais países da região.
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Antes da Cúpula (propriamente dita), devem ser discutidas alternativas e resoluções que serão apresentadas aos chefes de Estado durante o evento. A coordenação do acontecimento será gerida pela Organização intergovernamental do Tratado de Cooperação Amazônia (OTCA), formado por: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Esses países protagonizaram a assinatura do Tratado de Cooperação Amazônia, em 1978, onde foi formado o único bloco socioambiental da Amazônia Latina.
O presidente Lula (PT) deve chegar à capital do Pará na terça (8) para liderar o evento. Lula disse que o encontro deve ser um marco no seu 3º governo, e estima alavancar seu ‘Status’ ao patamar de principal autoridade internacional no debate climático. A intenção do petista é alcançar uma convergência entre os países da região, de modo a conseguir um alinhamento para a COP28, que será realizada, em dezembro deste ano, nos Emirados Árabes Unidos.
Lula cogita levar ao evento, uma agenda ambiental que também aborda um viés econômico para o país. O presidente tenta negociar medidas mais ‘brandas’ com a União Europeia, principalmente com a França (convidada), que apresenta sugestões de punições mais rígidas para quem desmatar e violar regras ambientais cometidas pelo agronegócio. Além de se “autopromover” combatente aos avanços dos problemas climáticos, o petista também planeja desviar o Brasil das sanções impostas pelos europeus.
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“Vamos fazer [a cúpula] para tomar uma decisão: como é que a gente vai cuidar da Amazônia? Como é que a gente vai cuidar da preservação ambiental? Como é que a gente vai reduzir a emissão de gás do efeito estufa, mas, sobretudo, como é que a gente vai encher a barriga das nossas crianças e as barrigas do nosso povo?”, disse o presidente na sexta-feira (4), em Parintins (interior do Amazonas).
Além de países “amazônicos” e europeus, o Brasil também convidou para a conferência, países do Oriente Médio e África, como, Emirados Árabes Unidos e o Congo.