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Em tribunal de Miami Trump se declara inocente sobre má gestão de dados secretos dos EUA

Conforme a acusação jurídica, alguns dos documentos reclamados pela justiça continham informações secretas sobre armas nucleares.


O Republicano e ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, compareceu ao Tribunal de Miami, nos EUA nesta terça-feira (13) para ouvir as acusações de manipulação “desleixada” de documentos secretos do governo federal americano, proporcionando um perigo iminente a segurança do país. Trump se declarou inocente das acusações através de seu advogado, Todd Blanche.

Foto: Peter Foley

Trump é o primeiro chefe de Estado na história dos EUA a ser indiciado por um grande júri federal. O ex-mandatário do executivo americano responde a 37 acusações que incutem nas remoções ilegais de documentos sigilosos, ao deixar a Casa Branca em 2021, além de impedir a recuperação desses documentos pelo poder público e falso testemunho.

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Segundo a acusação jurídica, alguns dos documentos reclamados pela justiça continham informações secretas sobre armas nucleares. Conforme uma fonte judicial, Trump deve passar pelos mesmos procedimentos atribuídos aos demais acusados comuns, como tomada de impressões digitais e fotografias para os documentos do processo.

Antes da apresentação no Tribunal de Miami, Trump utilizou sua rede social particular “Truth Social” para atacar o procurador Jack Smith, que está a frente do caso. O ex-presidente americano, chamou Smith de “mafioso” e “lunático”. Em uma emissora de rádio de Miami, Trump disse que “nunca houve algo assim.”

O caso deve agora entrar em uma rotina jurídica de procedimentos pré-julgamento, abarcando prováveis diferenças sobre quais evidências que devem ser apresentadas ao júri e quais devem ser arquivadas antes de ir ao julgamento. Com isso, a equipe de advogados do ex-presidente, terá oportunidades de prolongar a tramitação do processo até depois do período eleitoral de 2024.

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Após a audiência jurídica, Trump deverá retornar ao seu resort em Bedminster, Nova Jersey, perto da cidade de Nova York. De acordo com apoiadores, o ex-mandatário americano pode fazer uma declaração pública às 21h15 (horário de Brasília).