O Chanceler Alemão, Olaf Scholz, chega ao Brasil nesta segunda-feira (30) para uma reunião bilateral com presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília. O encontro marca a volta das operações do Fundo Amazônia no país. Já é a segunda visita de um político alemão ao Brasil. O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, esteve em Brasília e também no Amazonas, há algumas semanas, em um encontro com o governador Wilson Lima (UB).
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Na pauta, o chanceler alemão deve anunciar o envio de mais de R$ 170 milhões para o Fundo Amazônia, o qual é um mecanismo de captação de recursos internacionais para a preservação da Amazônia, combatendo o desmatamento da maior floresta tropical do mundo.
O fundo estava desativado desde 2019 na gestão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), quando o Ministério do Meio Ambiente decidiu, unilateralmente, mudar as regras de gestão da dotação. Na época, Noruega e Alemanha criticaram a medida governamental.
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Esses países foram os dois únicos que ofereceram ajuda financeira para o fundo. Eles criticaram o governo de Bolsonaro por não mostrar compromisso em proteger a floresta, e em represália congelaram os recursos. Cerca de R$ 3 bilhões acabaram não sendo utilizados para conter o desmatamento na região amazônica.
Além de Scholz, o presidente da França, Emmanuel Macron, deve visitar Brasília nos próximos meses. Na ocasião, os líderes mundiais devem voltar a deixar claro o apoio ao presidente Lula e à defesa da democracia brasileira diante dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro. O social-democrata Scholz, deve se manifestar publicamente sobre o assunto durante a visita no início desta semana.
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Antes de vir ao Brasil, o chanceler alemão esteve na Argentina no sábado (28), onde foi recepcionado pelo presidente Albert Fernández. Scholz defendeu uma rápida conclusão das negociações sobre um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.
A Alemanha busca reduzir a dependência econômica em relação à China, assim como diversificar seu comércio, fortalecendo as relações com as democracias em todo o mundo. Berlim pretende investir na obtenção de minerais essenciais para a transição energética, tornando a América Latina rica em recursos e um parceiro importante. O potencial da região para produção de energia renovável é outro atrativo.