ECONOMIA

Analistas afirmam que preço dos alimentos no Brasil poderá ter aumento de até 20%

Segundo os especialistas, o café e as carnes devem ser os alimentos com maior impacto econômico junto aos consumidores finais do país  


Analistas econômicos realizaram, nesse mês de janeiro de 2025, um alerta sobre a possibilidade de um grande aumento nos preços dos alimentos no Brasil. Contudo, ainda há divergência da categoria quanto ao volume da alta dos preços, porém há um consenso de que fatores como clima e mercado financeiro podem ser os pilares para a definição dos valores dos preços durante o ano vigente.

Imagem: Divulgação

 Conforme o economista-chefe da G5 Partners, Luiz Otávio Leal, a inflação dos alimentos deverá ter um aumento de 5%, esse valor está abaixo da média histórica de 7%. Segundo os especialistas, o café e as carnes devem ser os alimentos com maior impacto econômico junto aos consumidores finais do país. Otávio assinala que o aumento do preço da carne bovina pode incentivar a procura de outro tipo de proteína como o frango.

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Segundo o economista da XP Investimentos, Alexandre Maluf, o aumento nos preços dos alimentos não está direcionado apenas à carne bovina. O economista afirma que esse acréscimo deverá alcançar outros produtos alimentícios e também as bebidas, com um alcance de até 9,2%. Contudo, Maluf declara que a carne bovina poderá ter um acréscimo de 20% e o frango deverá chegar a 14%. O economista disse, também, que esses ajustes procedem de mudanças essenciais ao setor de produção dessas proteínas, e que politicamente tem grandes dificuldades de contenção pelo governo a curto prazo.

Maluf também indica que fatores internos, o mercado internacional e também as condições climáticas, como primordiais da análise dos preços futuros. Outro indicativo é a diminuição da oferta de certos produtos, como o café, ao qual define uma pressão no aumento do preço da saca do tipo arábica.

O governo pretende abrandar o impacto dos preços dos alimentos por meio de estratégias de financiamento e aumento da produção de alimentos básicos, como batata, feijão, banana, arroz e leite. Também estão sendo propostas a criação de novos programas de fomento para garantir melhor suporte ao setor agropecuário, com intuito de trazer estabilização nos preços dos alimentos. Contudo, questões fiscais podem limitar a efetividade dessas pautas.

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